26 de set. de 2011

Rock in Rio 2011 - parte 1


O Rock in Rio é como se fosse o carnaval de quem curte rock. Tudo bem, tem todos os seus poréns, podia até expandir e colocar pop. É bem bacana, fica aquela coisa, sempre tem a escola de samba favorita que fecha o show, aquela escola de samba que empolga na abertura mas vai ser rebaixada (Palco Sunset antes do sun set). A evolução dos níveis das bandas, as alegorias e adereços... Muito se reclama aí das bandas/cantores/coisas nada a ver com rock no Rock in Rio que, por sinal, acontecem desde sempre (só pra citar, Elba Ramalho no de 1985, acredito que Elba Ramalho não foi rock em nenhuma época ou lugar [não carece de citações] tá certo que o argumento é que tinha bandas fodas tipo Ac/Dc e Scorpions. Mas se reparar bem, não estamos tão mal. Tivemos NX Zero, mas Red Hot também (e Snow Patrol, Capital e Stone Sour, mas ninguém liga pra essas). Vou fazer aqui minha analise parcial (no sentido de contrário de imparcial) desses três primeiros dias.

DIA 23 - POP? (Como se não tivesse outro dia pop né)
Eu vi um bom pedaço do show do Titãs+Paralamas, ficou bem legal, aliás era o único motivo pra eu prestar atenção, exceto, claro, pela formosura de Katy Perry. A galera pareceu curtir, apesar da expectativa ser a popzera dos mamilos internacionais. Depois teve Claudia Teta, à qual não assiste por motivos óbvios, mas se ela catou pirou minha cabeça e coração feito bola de sabão, tá de boa. Reza a lenda que ela fez um cover de metal, ensaiando até um gutural, mas não sei se esse vídeo é real ou fake, avaliem:




Aí teve a Katy Perry que eu só liguei a TV pra ver na expectativa de tá rolando um live clipe de California Gurls, bicho ela é bonita demais, mas a voz dela tava chatinha, eu até que não acho a voz dela ruim no estúdio, pelo visto é fake, tipo a maquiagem, nem me importo. Aí ela pegou o cara de Bauru ou coisa parecida que virou TT Mundial... (É Sorocaba, acabei de lembrar) Eu só vi o clipe do pavão, que ela fala peacock, se é que vocês compreendem.



Conteúdo dos VEVOadinhos, pode não aparecer o video


Por sinal, tenho vergonha alheia dessas coreografias e o pavão é escroto demais, o que salva é que ela é a Katy Perry!


Sua Linda


Então chegou o Elton John. Claramente deslocado (eu não vi, mas pelo que li e pelas circunstâncias óbvias, deu pra afirmar isso), ele mostrou que é macho até embaixo de outro macho e fez uma apresentação de classe. Bom, tem os boatos que não tocou Your Song porque não pediram BIS, não creio que isso seja verdade, mas se for, muita cuzice dessa galera, por sinal esse dia foi extremamente favelado... Kibando o blog da Harpias, vo deixar aqui a demonstração da classe do Elton John:



Aí veio a Rihanna, e como ela emite gemidos nem vou comentar.

Dia 24 - Rock*
*exceto para aquela banda

Daí o dia seguinte foi bem interessante. O primeiro show foi o projeto paralelo louco do vocalista do Faith no More, Mike Patton, onde ele canta em italiano. Cantou com a orquestra que tava com uma camisa do Brasil que mais parecia o uniforme das escolas municipais do Rio (apesar de ser de SP), ele tava muito doido, conforme comprovei com na social Get the bus to the land of the metal do 268 indo pro Metallica. O som é bem interessante e é legal que é italiano, difícil arrumar material agradável em italiano (que é quase português, aprendi com Terra Nostra). A segunda atração foi o Stone Sour, o qual eu tinha um enorme preconceito, já ia xingar muito no tuinto, aí apareceu o Portnoy e eu ignorei qualquer boiolagem e dei uma chance pra banda que era bem bacaninha até. Eu dei azar de ouvir uma música extremamente gay (acho que é o primeiro resultado do Youtoba)



.......PORTNOY........

tá, a música é bonitinha, mas o fato é que o som da banda é pesadinho, curti pelo G1.

G1 Fail, Portnoy não é mais do Dream Theater :~~~ Ei, mas quem é esse rapaz?


É um pássaro, é um Joe Satriani?? Não, é a capa do Once a Livetime

O show do Capital foi bem bacaninha, me divertiu bastante, o Dinho tava alucinado, com uma camisa escrito Festa Duro. A galera tava curtindo à beça, rolou jabazão do Garotade, Quatro Vezes Você, Natasha! A que eles começaram é nova e eu gostei, "Como se sente".


Aí o Snow Patrol demorou horrores pra começar (não sei se demorou tanto assim, mas eu precisava dormir e isso fez a demora parecer um parto) e eu particularmente gosto muito de Snow Patrol, ao contrário da maioria das pessoas que estavam ali, mais ou menos o efeito do Sir Elton John. Ele começou com uma música muito linda, You're all I have, só que tava mandando malzão, acho que era nervosismo (eu achei que era dorgas), depois as outras ficaram legais. Foda que ele mandou essa:



"We're from Ireland" jurava que era Inglaterra


Ficará dias na cabeça (bom, agora que to ouvindo ela de novo, capaz de ficar de novo, até agora tava com Seek and Destroy). Uma coisa peculiar, não sabia que o Lightbody era tão magrelo, aí comecei a reparar que ele sempre aparece de casaco...



E pra fechar, a famosona, não posso renegá-la porque eu comecei a gostar com ela... E por sinal, ela não é ruim, é ÓTIMA!



O Red Hot eu não vi porque precisava realmente dormir. Nem sei o que tocaram, o que sei é que rolou Californication porque o Carlos reclamou do poserismo lá no face. Vi depois no You Tubo, me pareceu muito fria com a platéia, engraçado que li num livro que na outra edição do Rock in Rio, teve a mesma reclamação (que eles tinham feito um show de nego delirando em SP e aqui, foi o pão na chapa). Apenas o baixista passava empolgação...

Dia 25 - Gates of Metal Fried Chicken of Death
Esse possui o selo "EU FUI" de qualidade. Entrei no ônibus e conforme previ, tava cheio de headbanges. Tenho pena de quem estava pegando o 268 por qualquer outro motivo que não o Rock in Rio, foi gratificante ver os populares serem forçados a ouvir Metallica - aos berros - o motorista não parava (não conseguia ver as pessoas pedindo pra parar) e foi uma zuação total.

A tentativa de ver o Matanza foi frustrada pela detecção de metal (com trocadilhos) e, enquanto catava o palco Sun Set, vi dois tiozão do jazz improvisando loucamente.



Deu pra assistir ao Korsus, foda por sinal. Eu já tinha ouvido essa banda, é de thrash, brasileira, por incrível que pareça, conheci pela MTV (não, seu guarda, não é o stand da MTV, é da Multishow).



Trechinho que eu gravei, achei que tava ficando muito tremida e parei, dei mole


Eles mandaram muito bem, foi bem bacana, especialmente porque eles trouxeram convidados pra atrair ainda mais a atenção da galera: um cara do Suicidal Tendencies, um do Dead Kennedys e o JOÃO GORDO (delírio da moçada). (Para informações precisas, clique aqui, não estou aqui para informar (não nesse momento), estou aqui para (me) entreter)


Acreditem, o tio do Dead Kennedys tá aí

E eles fecharam com Correria, foi aí que me caiu a ficha que eu conhecia, sim, e que já tinha achado aquilo bom demais antes!



Foda que a qualidade parece que e Rock in Rio de 1985, mas tá valendo, foda-se

Depois veio o Angra, não gosto taaanto de Angra, mas já tava lá, vamo que vamo. Meu remamilo recavaleiro de pégaso receio era se a mulher do Nightwish ia ficar gemendo. Mas o que deu errado foi pior ainda... O som ficou uma merda, do estilo caixa de som de pc, a guitarra parecia uma matraca desafinada (e não era um curioso caso de amusicalidade ja que todo o lado à direita do palco tava reclamando) e o povo fazendo sinal negativo e vaiando podai até parece que era sacanagem com o Angra, acho que era dificil eles entenderem isso, até os gritos de "AUMENTA O SOM".




Quando mudei de lado (aproveitando para fugir dos gemidos da Tarja) pra procurar o Gabriel, o som melhorou bastante e fiquei lá ouvindo sossegado o Angra (destaque pra Carry On, que pra mim, todas as músicas pareciam começar como Carry On, mas não eram).



André Matos (L)


E fiz questão de gritar GOSTOSA pro Falaschi.

Seria Tarja lésbica?

Aí houve debandada geral pra ver o Gloria no Palco Mundo, eu, malandro que sou, fui lá pra frente pra ver o ponto alto da noite: SEPULTURA! Não posso falar nem bem nem mal no Gloria, nunca saberei se perdi O show. E, pra piorar, o Sepultura atrasou pácas (pelo menos 1 hora), creio eu que pelo motivo do som estar zuado. A espera valeu a pena. O Sepultura recebeu o reforço de um grupo de tambores francês e aquilo com certeza ia deixar Refuse/Resist fodasticamente foda. ELES COMEÇARAM POR ELA.




Momento que quase perdi meu celular

O show foi do caralho (e olha que tinha gente que queria me arrastar pra ficar na frente no Gloria pra garantir pros outros I said NO NO NO) e essa porra de Tambours du Bronx foi feita pro Sepultura. Fecharam com Territory!!






Como comentei, nem tomei conhecimento do Gloria e saímos de lá com o Coheed and Cambria já pela metade. Vi pelo telão, parece ser interessante, a voz do cara é estranha, lembra Metallica old school e eles fizeram cover de Iron, todos começaram a prestar atenção.




Fora que o vocalista me lembrou na hora o cara do Gangrena Gasosa na "Centro do Picapau Amarelo":


Eu e Carlos sentimos falta do Gangrena por lá e eu acredito mesmo que Massacration devia abrir o Palco Mundo...

O Motörhead me surpreendeu, não sabia que era tão popular, tenho até minhas dúvidas se não juntou mais gente que o Slipknot e o Metallica, nao consegui entrar na multidão, o grupo começou a se fuder e a maioria desistiu e viu pelo telão. É somzera e tal, a voz do cara é impressionante, como ele mantém esse timbre o tempo todo.



Show do Motörhead DURO visto pelo telão


No Slipknot, eu não ia assistir, mas vi pelo telão e fiquei vendo de longe. Como espetáculo pirotécnico, eles mandaram muito bem, tenho todos meus problemas com Slipknot, mas foi legalzinho o show, apesar de não conhecer quase nada e de não ter conseguido perceber que o Corey se jogou na platéia e que a bateria se mexia, o batedor de lata era uma piada pra quem veio do show do Sepultura. Aliás, o Sepultura com certeza tava no palco errado. Mas foi excelente ele ficar no Sunset, deu pra assistir numa boa. Tudo no Palco Mundo era bizarramente disputado e estressante e vendo a galera no Slipknot pela TV, lembrando do fail com o Motörhead, não via perspectiva de se enfiar na multidão pro Metallica.

Mas voltando ao Slixo, algumas músicas eu conhecia e até tolero bem e tem o selo New Metal, que não me é agradável... Engraçado que muitas das frases deles no show são iguais às frases ditas pelo Machine Head no Hellalive, não sei se é clichezão de new metal ou se é cópia mesmo... Por sinal, gosto de Machine Head, apesar de ser new metal, acho que é uma exceção (Mudvayne não é new metal).

E o Metallica, suposta finalidade do dia, assisti um pouco, mas não aguentei de cansaço, dor e passei um frio do caralho. Tinham desligado o telão do Sunset, lamentavelmente. Deitei um pouco e quando entrou Seek and Destroy, eu voltei (até pra ver se me aquecia), teve uns 3 BIS e muito efeito com fogo (com direito a fogos de artifício, ausente no Slipknot), porém, eles jogaram menos com luzes que o Slipknot e o telão mostrava o show e não imagens relacionadas.

Bom, então é isso, vi o sol nascer voltando pra casa e até a parte 2 semana que vem. O próximo dia promete (ser totalmente ignorado): tem tributo à Legião e só. Se passar na Multishow o Sunset, quero ver o Baile do Simonal, promessa de Sopa in Rio.






Alguns adendos:
-O Chão do Cidade do Rock é do mesmo piso de Ipanema e Freguesia (Rio Cidade, ou qualquer coisa assim), só faltou aqueles cilindros de concreto pra não estacionar carro.
- O banheiro masculino era a coisa mais nojenta que já encarei em toda minha vida (superando banheiro do bar do mangue, da Bienal com crianças mijando ao alvo e banheiro do bloco D com 2 dias sem água) durante o show do Metallica, eu tive nojinho e got away safely (só molhei o cadarço, foi quando percebi que era melhor não arriscar)
- Os telões de lá exibem propaganda (acho que só eu me impressionei com isso, sou ingenuozinho)
- Em alguns momentos, fiquei com Ana Júlia e Fogo na cabeça

Vale a pena ouvir de novo:
- Capital Inicial (Como se sente)
- Snow Patrol (Take Back the City)
- Korzus (Correria)
- Angra (Carry On)
- Sepultura (Refuse/Resist)
- Sepultura (Territory)
- Motörhead (Ace of Spades)
- Slipknot (The Blister Exists)
- Slipknot (Before I Forget)
- Metallica (Seek and Destroy)

Hoje é dia de rock bebê

25 de set. de 2011

Rock in Rio 2011 no Rio dia do Rock

Em breve trarei minhas impressões sobre os três primeiros dias, o terceiro, se nada de bizarro acontecer, pessoalmente. Já posso adiantar que vou pagar pra pra todas as bandas de ontem  - exceto o NX Zero -  e pra Katy Perry por razões óbvias :]

20 de set. de 2011

Cidade do Rock

Estamos quase na abertura do Rock in Rio. No Rio. Estamos às vésperas de Copa do Mundo e Olimpíadas e esse evento possivelmente vai ser uma prova de fogo para a cidade. Moro relativamente perto do local onde ocorrerá o evento e pude comprovar que a estrutura de trânsito e coisas assim será tensa. Já na Bienal, houve trânsito exponencial. Mas, então, estamos no clima para o rock 'n roll?

Não que seja um evento de rock especificamente, mas já é agradável uma exposição além do normal deste ritmo, apesar de toda Rihanna, Claudia Leite e NX Zemo. Só que... meio que poderia ser mais. Eu queria ver gente com camisa do Metallica espalhada pela cidade, muito além do normal. Porém, o que vejo é forró no viva voz no ônibus, como sempre. É, a vida deste proletário prossegue mais ou menos a mesma. Exceto, talvez, pela presença de propagandas roqueiras.

As de carro, que sempre comento, e que já estão aí faz um tempo, creio que não seja efeito do Rock in Rio, mas acredito que a Volkswagen, por exemplo, tenha tido um incentivo a mais pra prosseguir com Queen na propaganda. Queen é a menina dos olhos dos automóveis. Bom pros que têm bom gosto, e, pra quem não liga, não faria diferença. A cada nova propaganda com Queen, é uma alegria, uma satisfação. Pretendia fazer uma lista aqui das propagandas. Posso lembrar de Mitsubishi, Volkswagen, Citröen... Sei que tem mais. E, lá atrás, aquela propaganda com We Will Rock You (tenho a impressão que na época do Rock in Rio anterior, sem certeza alguma) da Pepsi. E é algo que não enjoa, que não vai fazer mal. Sempre ouço a Don't Stop Me Now toda depois dessa propaganda:



Por sinal, muito mais efetivo que Pôneis Malditos, pelo menos pra mim. (Por sinal, ouvi hoje uma música do Jethro Tull cujo começo achei MUITO parecida com a música dos pôneis rosa, mas ninguém se pronunciou no facebook quando comentei isso, sinal que estou muito ocultado ou a comparação foi tão absurda que vocês acharam de melhor tom simplesmente calar. A música é a Jack in the Green) Tem uma propaganda da Nextel que eu SEMPRE presto atenção só por causa da música, não sei se pras outras pessoas funciona, mas comigo é super efetivo, Nextel, pode dar um prêmio pro publicitário, porque ele sempre consegue minha atenção.


Quem dera os usuários de Nextel ouvisem essa música no viva voz..........

O Rock in Rio é um sucesso garantido. Tudo que foi possível anunciar com relação fez sucesso, fora os ingressos por si só que sumiram. Os ônibus de 35 reais se esgotaram. Os produtos credenciados venderam. Apesar disso tudo, acho que deveria ter mais envolvimento da população... Os tempos são outros, a cidade é grande, o assunto rende, ao menos no meu convívio social, provavelmente não é tão freqüente assim na minha vizinhança, por exemplo, ainda que pessoas que não esperava ter relação nenhuma com isso falaram com empolgação que vão. Era a isso que me refiro. A capacidade de captar pessoas nada a ver. Pena que as pessoas nada a ver vão pelos shows nada a ver. Faz parte... Entretanto, na condição de rock, acho que poderia ser mais forte. Já fiz uma revisão sobre os shows (na época, o show do Coldplay não havia recebido o upgrade do Maroom 5 que é >>>>>> Jay Z), sinto falta do Ac/Dc (esse era minha principal esperança de show, iria no Ac/Dc mesmo que tivesse acompanhado de Racionais MCs, Sou Foda e Eminem e se tivesse pegando a Madonna ali parada no jardim e ela dissesse pra eu ir em outro dia), aí quando me convenci que não ia rolar, fiquei na expectativa do Blind (que teve show sozinho recentemente, mas nem fui, Carlos vai me matar), mas vai ter Metallica e Sepultura, o resto que se foda. A segunda opção claramente é Red Hot + Snow Patrol + Capital pena que tem a idiotice do NX Zero e o dia do Coldplay teve o bônus do Maroom 5. O resto, nem me importei em saber, é, tem o Guns n Rose (tava escrito assim num papelzinho anunciando a venda) com aqueles poser do Blink 182 Linkin Park Avenged Sevenfold System of a Down. E, comparando com o SWU, o Rock in Rio perde. Pena que o SWU é numa puta que pariu dessas. Aí descobri no domingo o Wacken Open Air, só com coisa foda (com direito ao Helloween, Blind e Avantasia batendo papo com o público em alemão e Sepultura).

Bom, domingo será meu dia. Metallica e Sepultura, shows de jazz pra enrolar a entrada e de trance pra enrolar a saída e umas bandinhas menores que dá pra se distrair. A expectativa é um monte de headbange no 268 colocando Iron Maiden no viva voz a realidade vai ser funk na CDD. Sem dúvidas, restará história pra contar (já tenho haahahah). Fiquem com o hino de aclamação ao deus metal e todos embarcando JÁ no ônibus para a terra do metal (a passagem é só 1 real)!!



*ao som de Oasis e Keane

PS: Seria épico se o Massacration abrisse o Rock in Rio (ou ao menos o dia do metal, ou ao menos estivesse em algum dia...)

PS2: Decidi fazer uma brincadeirinha. Com base nas execuções do meu last.fm, vou ver quantos pontos teria pra cada dia
Dia 23: Paralamas (151) + Katy Perry (36) = 187
Dia 24: Stone Sour (3) + Capital (198) + Snow Patrol (385) + Red Hot (111) = 697
Dia 25: Slipknot (60) + Metallica (846) + Sepultura (237) + Angra (92) = 1235
Dia 29: "Legião Urbana" (793) = 793
Dia 30: Lenny Krevitz (7) = 7
Dia 1: Frejat (179) + Skank (5) + Maroon 5 (13) + Coldplay (1036) = 1233
Dia 2: Pitty (10) + Ecanescence (3) + SOAD (8) + Guns (531) =552

15 de set. de 2011

Para aqueles do futuro

Para aqueles do futuro que me leem , gostaria de pedir alguns desejos. Quero que recordem desta epoca da maneira mais tolerante possivel. Temos problemas, nao vamos negar mas nos vejam de forma otimista, como o povo que, sim, pensou no futuro, na melhor maneira de defender o ambiente.. Nao vou negar que muitos por aqui sao egoistas, diria ate que e o padrao. Entretanto, somos uma especie que escreve como forma de voces, ai do futuro, talvez nos ouçam, seja la como for a escrita no futuro. Pois saibam que essa forma de se expressar com simbolozinhos chamados palavras foi muito importante para nos ate hoje e possivelmente sera. Talvez voces, ai no futuro, nao mais precisem desses simbolos e acharao tosco como nos achamos as pinturas nas cavernas. Ha quem diga que voces possuam uma matriz de conhecimento conjunto por vias telepaticas, como um grande Google umplantado em cada mente. Por sinal, se, na era de voces, tiver, de fato, uma entidade soberana chamada Google, acreditem, ela foi criada por um de nos, numa dessas esquinas da vida. Viram? Nao somos tao inuteis e destrutivos assim. So um pouquinho... Possivel do Google pra voces seja o que chamamos de Deus: uma entidade inalcançavel a quem podemos recorrer quando necessario e de sabwdoria infinita. Ou poderia ser O Grande Irmao, vossa Fordeza ou qualquer nome. Gostaria de alerta que vivemos guerras santas defendendo diferentes posiçoes dessa entidade alem da prova logica, racional, nao e um mito que nos matamos por isso...
Gostaria de pedir que lembrassem , num futuro mais proximo, poe ai o proximo seculo, como a poesia existente como sendo Renato Russo e nao Latino. Lembrar as geraçoes daqui pra frente que Futurama nao e uma perspectiva real do futuro, mas um programa de humor, Ah, espero que voces tenham senso de humor, rir e uma das coisas que mais faz valer a pena essa aparentemente inutil e limitada vida finita, espero que voces, mestres do infinito, mantenham essa capacidade. Nao descreverei assim como nao descreverei o que e ironia, morram de inveja se voces nao tiverem isso. Ironia é outra bençao...
Música é uma coisa que acho pouco provável que vocês percam, por mais que estejam conectados a uma mente maior, a um grande Pensador Profundo, é muito difícil imaginar a música, em toda sua complexidade, gerada sem instrumentos, não sei o que vocês farão da música, só queria deixar claro que essa sucessão de notas musicais, de pancadinhas no fundo do ouvido, também geradas no interior do cérebro, é capaz de provocar reações impressionantes.
Poderia me alongar mais e um dia, quem sabe, não faço como Sábato e crie uma cartilha com os termos mais interessantes, a meu ver . Mas, enquanto meu tempo é finito, devo deixar aqui um ponto final. E reparem bem: humanos não conviveram com dinossauros!

PS: Perdoem os erros, comecei a escrever isso viajando ao som de trance no celular, no ônibus.
PS2: Espero que tenham reconhecido as referências

12 de set. de 2011

Saia da interneta já!

A internet é como se fosse álcool, chocolate, cigarro pra uns, eu me afogo nela pra esquecer as frustrações da vida e só encontro mais frustração, como um choro para um bêbado, a barriguinha para a mulher, o câncer para o fumante. Mas devo dizer que é divertido às vezes. Pena que ficar olhando balõezinhos inúteis no facebook acabe me tirando o foco de ler a penca de livros que eu gostaria de ler, de estudar além do basicão da prova das matérias. Mas esse ritmo 6/7 matérias por período torna proibitivo esses pensamentos e, por mais que me esforce, acabo caindo no velho esquema estudar na véspera para passar. Mas Histec serviu pra alguma coisa, pra eu ver Steve Jobbs e aquela palestra memorável.



*ao som de Ac/Dc (Shake your foundations)

11 de set. de 2011

Resenha: "Nós e o Universo" de Ernesto Sábato - Dicionário de Filosofia e Ciência

Este livro, em forma de dicionário, descreve de forma sucinta (com algumas exceções de termos com mais de 2 páginas, em especial os de nazismo) algumas passagens recorrentes à época em que foi escrito, no contexto de guerra mundial, nazismo, mecânica quântica. Foi a obra de estréia (com acento) do escritor que ficou bem famoso e que o professor Osvaldo incentivou bastante a ler (ainda estou procurando coisas, é difícil, encontrei esse aí em sebo casualmente e nem tinha essa edição traduzida no Skoob).

Bom, o livro é fininho, vale a pena, ainda que tenha achado algumas partes chatas e enrolação, em especial as de filosofia, outras que não entendi bem porque citava autores que desconheço. As de ciência, por outro lado, me prenderam bastante a atenção porque ele, ao mesmo tempo que escreveu ficção, também era formado em física e podia falar disso sem ser uma bobagem sem tamanho que alguns escrevem aí sobre o mundo quântico. Basicamente, descreve bem o ambiente de pesquisa e como algumas pessoas, de fato, poderiam saber um pouco mais sobre humildade.

As pedras de Berkeley , que eu não conhecia, mas que, de fato apresentam um contra-argumento que já havia pensado. Se estamos sonhando e topar com uma pedrinha é a prova de que não estamos acordando, a pedrinha e a dor da topada não podem, também, ser parte do sonho?

"Durante séculos, o homem comum teve mais fé na feitiçaria que na ciência: para ganhar a vida, Kepler necessitou trabalhar como astrólogo"
Irônica essa situação... Só que, pra dizer a verdade, muita gente por aí dá mais atenção a bobagens ditas por "magos" que para cientistas, não é verdade? E, mesmo saindo do campo da astronomia, o pitaco é uma prática bem comum e o desprezo a quem estudou.

Aborda o limite entre a fé e a comprovação científica em "tampouco tem sentido uma afirmação como 'tenho fé no principio da conservação da energia'", já que a matemática não se tem fé ou não, mas se tem uma prova e contra ela, não há o que argumentar. E, neste mesmo campo, comenta sobre a "física a posteriori" e "a priori", uma sendo fruto de dados experimentais e a outra, de teorias a serem comprovadas. (Mais do assunto em http://www.mundodosfilosofos.com.br/kant.htm)  Os exemplos utilizados por Sábato desse último caso são a relatividade e o princípo da  incerteza. Creio que seja bom lembrar como algumas vezes, o cientista pode se esquecer da natureza e fazer algo do tipo "a natureza explica minha equação" em vez do contrário.

Desvenda que a "famosa frase" de Einstein de "tudo é relativo" nunca foi pronunciada, o que nos leva à quantidade de bobagem decorrente disso ainda por cima é em cima de uma frase sequer dita.

Em "Frescor", discorre sobre a relação entre criatividade e maturidade, de maneira que a criatividade está relacionada à juventude e pode ser lapidada pela experiência, na maturidade. Menciona "República" de Platão, Nietzsche e Heidegger como influências ao nazismo, e aponta outros ideólogos do nazismo.

"Quando um enamorado  afirma um amor infinito, sua forma de falar deve ser denunciada como uma forma filosoficamente irresponsável"

"Um homem inteligente não se caracteriza por não cometer erros, mas por estar disposto a corigir os cometidos"

Lembra dos filósofos que tiram suas impressões, sem entender a matemática, cada vez menos intuitiva, de uma conclusã científica, muitas vezes de forma equivocada, apresentando o exemplo da suposta relação entre o princípio de incerteza e a escrita automática de André Breton. Cita Crime e Castigo com Raskolnikov. Descreve como o senso comum pode atrapalhar a ciência.

"O senso comum rechaça os fantasmas desconhecidos mas aceita os fantasmas familiares"

Um trecho bem interessante e esclarecedor é sobre o aprendizado de crianças:

"As crianças não sabem raciocinar com números puros: precisam soar maãs ou livros; muito mais tarde, inconscientemente, prescindem dos objetos físicos e calculam com números puros , abstraídos da realidade física por um longo processo mental"

E não posso deixar de destacar o capítulo "Idade", que pode ser lido aqui: http://ahvaproinferno2.blogspot.com/ 2011/08/idade-ernesto-sabato.html

Referêcias:
The philosofy of physical science - Eddington: trata da linha divisória entre ciência e filosofia

*ao som de Dream Theater (Sacrificed Sons) e Legião Urbana (Comédia Romântica)

7 de set. de 2011

Força, Exército

A reportagem do RJTV sobre a recente troca de tiros na região do Alemão me deixou indignado e satisfeito em alguns trechos. Satisfeito com o fato de que os moradores estão denunciando a bandidagem que ainda ousa andar por lá e indignado com o fato de que traficantes estão bancando protestos de modo a desmoralizar a autoridade frente a mídia. Mas, felizmente, ao menos a Globo mostrou isso (não sei a Record, mas, pelo seu jeito sensacionalista, provavelmente não mostrará). Fiquei, também, indignado com o comentário do Rodrigo Pimentel que a postura do exército, supostamente mais rígida que das UPPs, deveria ser mais "permissiva". Sim, foi nesse ponto que tive calafrios de revolta.

Por que diabos temos uma constituição pra valer mais pra uns do que pros outros???

Afinal, o cidadão que mora na favela e não gosta de funk e tem que acordar cedo no dia seguinte não pode dormir porque tem um baile funk fazendo barulho alto. Então, onde fica a lei do silêncio? Onde estão os direitos e deveres iguais? Esse problema dos pesos e medidas é uma grande constante nesse país lamentável. E não se respeita mais nem a autoridade do exército, por  que respeitariam alguém que alerta para não jogar lixo na rua, como o babaca no carro que ficou debochando da velhinha que fez isso após o mesmo ter arremessado um copo de guaravita no chão. Vi cenas de morador apontando o dedo para o soldado, isso não existe. Não é possível que nem isso respeitem. Não é possível que depois, são levados em cana, resistem e a culpa é da força bruta, da covardia. Será que pedindo por favor é a coisa mais certa a se fazer?
Fiquem então com esse excelente vídeo:


6 de set. de 2011

Resenha: "Alucinações Musicais" de Oliver Sacks - O poder da música na qualidade de vida

Este excelente livro relata os casos de sucesso de como a música pode atuar para benefício de pacientes, melhorando a qualidade de vida de pacientes com lesões no cérebro, como a música pode ter diferentes interpretações, desde as alucinações musicais até a amusia, passando pela incrível sinestesia nata.

Neste livro, Oliver Sacks conta curiosos casos presenciados e relatados de como a música pode influenciar, positiva ou negativamente, a vida das pessoas. O livro é dividido em quatro partes: a primeira conta como a música se aloja no cérebro, das maneiras mais variadas; na segunda, os casos mostram os diferentes graus da influência da musica, desde a amusia até os savants musicais; no terceiro, demonstra como a música pode atuar com outras funções do cérebro; e, finalmente, a subjetividade das emoções provocadas pela música em pacientes.

O que aprendi: os impressionantes casos reais foram muito interessantes. Alguns chamaram mais a minha atenção, outros menos, mas todos foram capazes de prender minha atenção e me fazer refletir e provavelmente me lembrarei bem deles, a menos que eu tenha uma amnésia, como um dos casos relatados, de perda de memória de questão de minutos e a impressionante manutenção da habilidade de tocar as músicas apesar da perda da memória dos fatos (e de abraçar a esposa toda vez que a visse como se ela tivesse sumido por muito tempo). Essa história, em particular, é uma das mais emocionantes e interessantes. Descobri que, ainda que não lembrasse de um acontecimento de minutos atrás, o paciente era capaz de aprender músicas novas. Isso somado ao fato de não se lembrar de fatos da época em que conheceu a esposa, mas reconhecê-la, em particular (impossível não lembrar do filme "Como se fosse a primeira vez", piadas à parte). O primeiro caso é do médico que ganhou habilidades musicais acima do normal após ser atingido por um trovão, momento no qual tem uma "Experiência Quase Morte" e tem a sensação de estar vendo o próprio corpo da perspectiva externa (por sinal, um outro livro que estou lendo - Muito além do Nosso Eu, do Miguel Nicolelis - e um terceiro que li recentemente - As portas da Percepção/Céu e Inferno - também descrevem esta sensação). É um caso em que habilidades reprimidas são liberadas. Ao lado disso, houve grande aumento da religiosidade, atribuindo o fato de ter sobrevivido e ganhado a habilidade a um poder maior, sendo provável que a descarga elétrica e os momentos de falta de oxigenação do cérebro tenham influência também nessa crença. Um outro caso, dentro da série de casos de convulsão devido à música, foi da pessoa que tinha convulsões com o sino da igreja. Mostra como algumas pessoas podem ficar com música na cabeça repetidamente, chegando a atrapalhar a qualidade de vida e como isso se parece com Tourette e TOC, fisiologicamente. E fecha essa série com as alucinações musicais, quando os pacientes tinham a verdadeira impressão de estar uma música tocando, mas, na verdade, geralmente devido à perda parcial ou completa da audição, ser fruto da imaginação. Ou melhor, era uma audição de fato, gerada pelo próprio cérebro, devido à perda da entrada de dados. Na segunda parte, lembro dos casos das diferenças de percepção da música, de cantores que não percepiam cantar mal, das diferenças entre a percepção da técnica e da melodia. Também os casos de amusia, a perda da percepção da música, relatos do tipo "a música parecia uma série de ruídos metálicos", sendo que o próprio Sacks teve um caso de amusia após uma enxaqueca. Existem diferentes níveis de amusia: a que não reconhece música, mas reconhece vozes e outros sons, o não reconhecimento de ritmo, o de tons, a "amelodia". No capítulo sobre o "Ouvido Absoluto", há a questão do treinamento de crianças, que possuem maior probabilidade de incorporar a interpretação de sons como uma função da fala e, nessa mesma relação com a fala, temos a característica de maior probabilidade de ouvido absoluto em países com entonação musical da fala (vietnamitas). Comecei a respeitar mais os limites do ouvido com os fones de ouvido que detonam as células ciliares, responsáveis pelo ajuste fino de tons no ouvido. Por serem sensíveis, a incidência de sons altos pode destruí-las irreversivelmente e podemos cair em um dos casos em que há perda de um tom específico (o afinador de piano que não conseguia afinar uma tecla específica). Infelizmente, temos que concorrer com sons ambientes para ouvir nossas músicas em paz, porque, fora a barulheira de sempre, tem gente que põe música desagradável pra ouvirmos à força e concorrer com o barulho externo só piora as coisas. A perda do input de um ouvido pode tornar a música menos agradável pela perda da percepção da pequena diferença de tempo da chegada dos sons, entretanto, micromovimentos com a cabeça podem tentar captar novamente essa sensação, tanto para o visual (perda de um olho) quanto pro auditivo. Os casos dos savants musicais: pessoas com poucas habilidades sociais, mas capazes de lembrar de músicas sem nenhuma dificuldade. Música e cegueira: mostra como a perda de um sentido pode potencializar o outro, mesmo em idade mais avançada e o exemplo do sucesso no jazz de cegos.

Existem muitos músicos cegos, em especial (mas não exclusivamente) no mundo da música gospel, do blues e do jazz: Stevie Wonder, Ray Charles, Art Tatum, José Feliciano, Rahsaan Roland Kirk e Doe Watson são apenas alguns exemplos. Muitos desses artistas, de fato, têm o adjetivo blind (cego) acrescentado ao nome quase como uma honraria: Blind Lemon Jefferson, Blind Boys of Alabama, Blind Willie McTell, Blind Willie Johnson.



O capítulo de sinestesia foi um dos que mais me impressionou porque eu achava que isso acontecia apenas em situações de uso de drogas ou de operações, mas são, de fato, sentidos comuns de algumas pessoas. Não é fácil testar a sinestesia porque, principalmente quem não tem ouvido absoluto, não há uma cor específica para um tom específico, mesmo para uma pessoa específica. Foi proposto que a sinestesia é padrão em bebês, que ainda não possuem a divisão definitiva das áreas do cérebro, e que vão se especializando com o avançar da idade, exceto para as pessoas que mantém essa habilidade. A terceira parte contém as histórias mais emocionantes e motivantes do livro, de casos de pessoas realmente ajudadas, libertas de seus fantasmas fisiológicos, através da música. E já no primeiro capítulo dessa parte, sobre a amnésia, é um pouco pesado (o livro em geral é bem leve, mas os casos da experiência quase-morte no primeiro capítulo, este da amnésia e de Parkinson foram os que me deixaram emocionado e, ao mesmo tempo, um pouco assustado) pela assustadora sensação de que, apesar da falta de memória, em alguns momentos o paciente tinha ciência de que estava sem memória e que não tinha perspectivas de ir adiante. Quase pulei este, mas li e valeu a pena, é uma bela história, apesar de triste.

"Você consegue imaginar uma noite com cinco anos de duração? Sem sonhar, sem acordar, sem tocar, sem sentir gosto, sem sentir cheiro, sem ver, sem som, seu ouvk, sem absolutamente nada. É como estar morto. Cheguei à conclusão de que eu estava morto". A única ocasião em que ele se sentia vivo era quando Deborah o visitava. Mas no momento em que ela ia embora, ele recaía no desespero
Cita, nesta parte a Witzelsucht, doença que provoca perda da inibição social devido a danos no lobo frontal.

A amnésia de Clive não só destruiu sua capacidade de reter novas memórias, mas também apagou quase todas as anteriores, inclusive as dos anos em que ele conheceu Deborah e se apaixonou por ela.
E, ainda assim, reconhecia ela e abraçava ela como se não a visse há muitos anos. Fala também como, apesar da amnésia, é ainda possível aprender, sendo a mais forte de todas as memórias a emocional (quer pelo afeto, quer pela dor), cita a amnésia infantil (Freud).

Mas H. M., mesmo tendo perdido muitas memórias de sua vida anterior, não perdera nenhuma das habilidades que adquirira, e era até capaz de aprender e aperfeiçoar novas habilidades com treinamento e execução, embora não retivesse memórias das sessões de prática.
Ouvir música não é um processo passivo, e sim intensamente ativo, que envolve uma série de inferências, hipóteses, expectativas. Podemos entender uma nova música-como ela é construída, aonde está indo, o que virá em seguida - com tanta precisão que mesmo depois de apenas alguns compassos poderemos ser capazes de cantarolar ou cantar junto com ela.


A próxima temática é como a música pode ajudar pessoas que perderam a habilidade da fala. Eu já tinha ouvido histórias de que pessoas com gagueira cantavam perfeitamente e falar cantando era uma forma de se expressar melhor. E isso é realmente verdade e aplicado à pessoas que perderam totalmente a habilidade de falar. Uma citação do livro que me chamou a atenção foi de "Admirável Mundo Novo", sobre o aprendizado em bebês através da música hipnótica. Como a o ritmo pode melhor inserir um fato na memória, mas não torná-la informação. É o caso de pessoas capazes de falar um grande texto em seqüência, como um atendente de telemarketing ou o famoso "dois-hambúrgueres-alface-queijo-molho-especial" e ainda, orações. No caso do Admirável Mundo Novo, as crianças conseguem apreender a lista dos maiores rios do mundo mas não conseguem responder qual o maior rio do mundo. Ele cita o exemplo específico de um garçom:

Certa vez, depois que um garçom recitou a lista de pratos do dia, pedi-lhe para repetir o que vinha depois do atum. Ele não conseguiu extrair esse item isolado da seqüência que tinha na memória e precisou recitar a lista inteira de novo.
Avançando para os casos de Tourette, o ritmo da música influencia bastante o ritmo de tiques (assim como dos espasmos em Parkinson), podendo ser benéfico (controlar) ou piorar os tiques. Demonstra como um baterista tomou sua doença para ajudá-lo com improvisos e como a bateria ajudou a controlar a doença. O ritmo também ajuda a desenvolver atividades penosas, como longas caminhadas (eu mesmo mantenho um ritmo bom mesmo cansado quando faço trilha) ou atividades repetitivas.

Decerto existe uma propensão universal e inconsciente a impor um ritmo mesmo quando ouvimos uma série de sons idênticos a intervalos constantes. John Iversen, neurocientista e baterista fanático, defendeu esse argumento. Tendemos a ouvir o som de um relógio digital, por exemplo, como "tic-tac, tic-tac", quando, na verdade, ele faz "tic-tic-tic-tic".
Eu já percebi isso. Algumas vezes, de noite, sem sono, ficava prestando atenção no tic tac do relógio que parecia às vezes ter diferença entre o primeiro tic e o segundo ou agrupava grupos 2 para 1.

Em pacientes com Parkinson "pós-encefálicos", existe uma tendência a não tomarem atitudes, mas conseguirem responder. E a música pode ser o catalisador para que estes pacientes saiam da sua inércia.

Em 1966 não havia medicação que pudesse ajudar aqueles pacientes - pelo menos, nenhuma medicação para sua paralisia, sua imobilidade parkinsoniana. Entretanto, as enfermeiras e o pessoal do hospital sabiam que aqueles pacientes podiam moverse ocasionalmente, com uma facilidade e uma graça que pareciam negar seu parkinsonismo - e que o mais potente gerador daqueles movimentos era a música.

E os relatos são realmente milagrosos, este capítulo é dos meus favoritos. Da velhinha que não se movia, mas saía de sua paralisia só de pronunciar "Opus 49", mostrando, de certa maneira, que o problema não estava com a imaginação em si, e sim com a dificuldade em tomar uma "ação mental".

Ivan descreve vários estratagemas indiretos muito engenhosos para pôr-se em movimento, coisa que não conseguia fazer pelo poder da vontade pura e simples. Por exemplo, ao acordar ele permitia que seu olhai vagueasse até avistar uma árvore pintada na parede ao lado de sua cama. Isso funcionava como um estímulo, como se a árvore lhe dissesse "Suba em mim". Ivan então se imaginava subindo na árvore e assim conseguia sair da cama

Soma-se a essa parte, ainda, a história do pianista que, mesmo com o braço amputado, conseguia "tocar" com seu membro fantasma (essa abordagem dos membros fantasmas, estou lendo, com uma temática um pouco mais pesada, no "Muito além do nosso eu") e da síndrome dos movimentos específicos, que impedia, a nível de cérebro, os instrumentistas de prosseguir praticando e como o botóx pode ajudá-los, ainda que não totalmente, para além das aplicações estéticas mais conhecidas.

"De repente, percebi que a coisa mais importante na minha vida não era tocar com as duas mãos. Era a música. [...] Para ser capaz de seguir em frente ao longo destes últimos trinta ou quarenta anos, precisei dar um jeito de diminuir a importância do número de mãos ou do número de dedos e voltar ao conceito de música como música. A instrumentação torna-se secundária, e a substância e o conteúdo ganham prioridade."

A história das crianças autistas também me chamou a atenção, sobre como elas, apesar de sua aparente indiferença, poderiam ser extremamente musicais, sendo a musicoterapia uma forma muito interessante, assim como para as pessoas com Alzheimer e Parkinson, para autistas, diminuindo seus tiques. A quarta - e última - parte fala sobre emoções. Nos casos de depressão, mostra, como já suspeitava, que a música pode ser uma poderosa arma.


Queria melodias alegres e animadas, e Mozart, Haydn e Rossini estavam no mesmo nível em suas preferências. Seu único medo era um dia esgotar o repertório musical e não ter mais nada a que recorrer.


Porém, não é uma garantia, não é um remédio e, às vezes, é preciso expontaneidade ou talvez surpresa.

"As artes não são drogas", escreveu E. M. Forster. "Não há garantia de que atuem quando usadas. Algo tão misterioso e caprichoso como o impulso criativo tem de ser liberado antes de poder agir."


A música pode ser uma forma de exposição da perda da inibição ("impulso do id" - fronteira freudiana para os impulsos animais do ser humano, controlados pelo superego). Foi o caso de uma senhora, já num asilo, atingida por demência, que acabou por perder sua inibição e cantava sem parar.


(...)lesões em áreas mediais ou orbitofrontais têm um efeito bem diferente: privam a pessoa de discernimento e de freios, abrindo caminho para uma série incessante de impulsos e associações.


Além da história da memória, outro trecho bem triste está nesse capítulo sobre a demência frontotemporal:

"Eu acordo à noite", ela disse, "e o vejo ali, mas ele não está realmente ali, não está realmente presente. [...] Quando ele morrer, sentirei muita saudade, mas, em certo sentido, ele já não está mais aqui - não é mais a pessoa vibrante que conheci. É um luto demorado, do começo ao fim."


É algo pra se pensar, não só aí, mas em muitos outros casos, metaforicamente... Esta demência pode ser "benéfica" no sentido de liberar a criatividade e o talento reprimido, mas o avanço é inevitável, e detona outras habilidades consigo.

pode haver uma variedade de inibições - psicológicas, neurológicas e sociais - que, por alguma razão, talvez se abrandem nas fases mais avançadas da vida e permitam que aflore uma criatividade tão surpreendente para os outros como para a própria pessoa.


Síndrome de Williams era algo que nunca tinha ouvido falar nem nunca vi uma pessoa. A descrição, no livro, me lembrou a dos hobbits - festeiros, ingênuos, com um rosto característico e extremamente musicais.

"Sabemos que ela é mentalmente retardada", diz seu pai, "mas em comparação com ela e com outros portadores da síndrome de Williams, não será a maioria de nós 'retardada' quando se trata de aprender e memorizar músicas complexas?"

A sogra, diagnosticada como demente, mantinhaa casa acordada à noite quando os cuidadores desligavam a tevê para poderem dormir um pouco. Durante o dia, não se levantava do sofá para a higiene pessoal nem para as refeições com a família. Após aquela troca de canal, ela mostrou uma grande mudança de comportamento: pediu para ir tomar o café-da-manhã, no outro dia não quis assistir à sua costumeira programação de tevê, e na tarde seguinte pegou seu bordado, abandonado havia muito tempo. Nas seis semanas subseqüentes, além de comunicar-se com a família e se interessar mais pelo que a cercava, ela principalmente ouviu música (sobretudo Country and Western, que ela adorava)


É mostrado como a musicoterapia é uma forma de fazer interagir um grupo de pessoas isoladas.





A música familiar age como uma espécie de mnemônica proustiana, faz aflorar emoções e associações esquecidas há tempos, reabre aos pacientes o acesso a estados de espírito e memórias, a pensamentos e mundos que pareciam ter sido totalmente perdidos. O rosto ganha expressão conforme cada um vai reconhecendo a velha música e sentindo seu poder emocional. Uma ou duas pessoas talvez comecem a cantar junto, outras passam a acompanhar, e logo todo o grupo - muitos deles praticamente mudos até então - está cantando, como suas capacidades permitem. "Junto" é um termo crucial, pois instala-se um sentimento de comunidade, e esses pacientes que pareciam incorrigivelmente isolados por sua doença e demência tornam-se capazes, ao menos por algum tempo, de reconhecer outras pessoas e formar um vínculo com elas.


Também descobri, a partir de uma discussão, logo no começo, entre escala diatônica e cromática, que Si bemol não é o mesmo que Lá Sustenido, pesquisando na internet. Por uma pequena diferença quase desprezível de freqüências, são diferentes em instrumentos não-temperados, mas são iguais em instrumentos "quantizados".

Algumas músicas citadas:

Referências que me interessei:
O fim da Infância - Arthur C Clarke
Music and Brain - Macdonald Critchley e R. A. Henson
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alajouanine - The aphasie and artistic realisation Brain 71 pp229-41, 1948
Anthony Storr - Music and the mind
NIETZSCHE, Friedrich. "The will to power as art". The will to power, pp. 419-47,s
GARDNER, Howard. Frontes ofmind: the theory ofmultiple intelligences. Nova York, Basic Books, 1983.
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Deborah - A memoir of love and amnésia [Memórias de amor e amnésia]
ROUGET, Gübeit. Music and trance. Chicago, University of Chicago Press, 1985.
Sacks - Tourette's Syndrome and creativity, British Medical Journal, 305, pp 1515-1516 (1992)
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*ao som de Jethro Tull e Beatles

4 de set. de 2011

Orkut-Bairro

Num momento de falta de bom senso e vontade de rir das pérolas da galera do orkut, acessei esta fabulosa rede social decadente, com objetivos explicitamente científicos. Essa rede sempre trouxe para nós as melhores Pérolas do Orkut. Mas reparei que os faveladinhos lá não se atrevem mais a escrever. Aparentemente, eles só se comunicam por meio de correntes (do tipo "deu certo no Fantástico", isso é mais velho que funk das armas) e por mensagens prontas com letrinhas estilizadas, o que foi muito frustrante pois não vi erros de português bizonhos nem expressões típicas do gueto.

"Facebook está para são conrado como o orkut está para rocinha" ~Harpias


Aí tentei ver nas fotos. Ninguém comenta nada, quando comentam mantém o padrão de vírus e mensagens prontas. Estou convicto de que não usam aquele menino o teclado, e só clicam em sites de mensagens, usando só o mouse (bom, como eles chegaram no site, não sei, provavelmente digitando, mas podem ter usado o teclado virtual do google, mas acho que o google não aceita internet explorer 6 mais). Daí entrei num orkut e vi algo grotesco, incrivelmente decadente. A pessoa pôs nos depoimentos um monte de fotos, o depoimento ficou gigantesco e as fotos não cabiam no espaço do depoimento, invadindo áreas adjacentes e estragando todo o design do orkut. Aí entrei em outro e uma música crente começou a tocar do nada.

Com isso, me convenci que o melhor a fazer é decretar o falecimento do meu yogurt, talvez eu salve as fotos, só isso pra não afogar esse rapaz de uma vez, mas não tem nada de útil lá. Ah, posso caçar aqueles orkut das gatinhas, mas provavelmente estão com cadeado. Maldita hora... E o pior de tudo é que devia tá estudando, lendo, vendo filme ou escrevendo mas to aqui, me misturando com essa gentalha.

2 de set. de 2011

Mais um dia daqueles

Aula de SO de hojePoderia ser apenas um dia que se resumisse a: BD, Recreação, Sono,aula do patrão. Mas hoje foi dia de Capiwatts, não que isso seja anormal, não, ainda não chegamos ao ponto. Estou apenas enrolando porque não sei mais fazer post de contar minhas histórias inúteis, to já com sono, tenho que fazer a barba, amanhã acordo cedo e to cheio de trabalho pra fazer (já), repetindo o clássico de todos os períodos dessa faculdade. Hoje estive bastante exaltado. Culpa do Luciano que foi na aula de sono (o resultado da mesma encontra-se na imagem em algum lugar deste bost). Mentira, nem é culpa, essa semana toda andei meio alucinado. Rindo sozinho do "fuurgel", com as paranóias do Palma na mente (do "hobbies são pra fim de semana", "faça sempre bem feito", "faça churrasco depois e trabalhe antes" entre outras, ainda farei um post só sobre essas frases). Mas toda essa anormalidade estava dentro da normalidade normal como um abnormal end. Então, peguei meu caminho de volta para Skid Row e esperei pelo ônibus de sempre, com as bobagens de sempre na cabeça. O ônibus atrasava, tava um frio do cacete, chuva. Nem podia ler. O atraso e a ausência de ônibus passando no ponto talvez pudessem me abrir os olhos pra possibilidade do que estava por vir.

Momento fuuu quando o ônibus parou no primeiro ponto depois da Reitoria e não mais andou. Estou nessa bagaça há bastante tempo, já peguei engarrafamentos épicos, mas não um como esse. Algumas pessoas logo desistiram, eu pensei em pegar o o Cruzeiro do Sul atrás do CT, mas pensei bem, tava no ônibus pra Freguesia, uma hora ele ia chegar aqui, cedo ou (bastante) tarde, mas ia chegar (ou não). Fiquei, curtindo o caos instaurado, sim, esse tipo de caos até dá pra curtir, o engarrafamento de terça foi muito mais insuportável pra mim porque era aquele anda-pára que quase não anda, hoje simplesmente parou e as coisas começam a pegara fogo. Li um pouquinho (bem pouco) enquanto dava pra me concentrar, aí as pessoas começaram a se socializar, distribuí meu Trakinas e dei uma volta no CT com uma menina e um menino do ônibus. Voltamos para o abrigo que prometia ser nossa pousada all night long. Foram 45 minutos parado, mas por alguma magia inexplicável, começou a andar lentamente. Assim que alcançou a saída da linha amarela - que estava no sentido contrário e ainda teríamos que passar pelo CCS, no mínimo pelo retorno da prefeitura - houve caos: subida no canteiro e foda-se, zarpeamos rumo ao lar. Épico foi o velhinho que sentou no meu lado que pegou em Bonsucesso reclamado que todas as janelas fechadas, não contive o sarcasmo. "Tavam fechadas porque estavamos sendo avistados por pivetes no engarrafamento de 1 hora no Fundão". É, foi um dia fora do normal. Aí pesquisei algumas das possíveis causas, não faltam links hahaha
http://oglobo.globo.com/.../carro-enguicado-complica-transito-na-linha-vermelha
http://oglobo.globo.com/.../mais-uma-cidente-na-linha-amarela-deixa-transito-lento
http://oglobo.globo.com.../acidente-deixa-transito-lento-na-linha-vermelha
Mas o mais provável foi esse: http://oglobo.globo.com/.../vazamento-de-agua-interdita-linha-amarela-no-sentido-barra
se bem que o trânsito parecia ser devido à Linha Vermelha (o trânsito pesado na terça claramente era na Linha Amarela, esse também não descobri o motivo). Esse foi o dia de caos diretamente de 2011 para a eternidade da minha memória. Numa semana caótica. De fatos sendo comprovados. De uma terça de 3 horas e meia e uma sexta de 45 minutos no mesmo lugar. E ainda consegui o bilhete único! Saída pela grama estratégica! O importante é ter histórias pra contar XD

*ao som de Oasis (Don't look back in Anger, Supersonic, Live Forever, Acquiesce, Champagne Supernova, Rock 'n Roll Star, Gas Panic)

1 de set. de 2011

Para quem não tem nada pra fazer 12


Típica partitura da boa música tocada em viva voz pelos manos (via NÃO clique aqui)


Desafio Aceito HUNF



Ah, Foda-se


Batman nos dias de hoje é isso aí via GordoNerd


Verdade absoluta! Big Mac = Giraffas a menos do espalhamento via GordoNerd


Aí sim, champz





(L)
via GordoNerd


Hmmmmm passameme (cuidado com o fap fap - sempre)


Eu AMO o Bender!


Poxa, é uma boa mesmo (via Ah Negão!)


Eu acredito. (via 9gag)


Melhor propaganda EVER (até eu prestei atenção)


via 9gag



Genial (via Ah Negão!)


FATO


O QUE DÁ VIAJAR DE 910


via 9gag


Considere também clicar aí:
Resenha do Hybrid Theory (muito bom, vale a pena ler)
http://www.treta.com.br/2011/08/terremoto-caseiro.html - Anotei aqui, mas nem lembro o que é.

*ao som de Ac/Dc (Live Wire) e Queen (Don't Stop me Now)

Quem sou eu

Raphael Fernandes
Carioca, Brasileiro, Estudante de Robótica
Hiperativo, Imperativo
Gosto de tecnologia, de transporte, de Rock, de reclamar e de propagandas criativas (e outras coisas que posso ter falado em um post ou não)
Musicalmente falando, sou assim.

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