27 de dez. de 2022

Pacote Hurb Fortaleza e Jeri valem a pena?

Durante a pandemia, o Hotel Urbano - Hurb - fez um marketing agressivo apostando na retomada das atividades e aproveitando a queda dos preços de passagens aéreas e reservas de hospedagem. Aproveitei para obter o pacote para o ano seguinte, de 2021, que, na nossa perspectiva, já seria um ano de fim de pandemia. Apesar do engano - na verdade, 2021 teve a delta que foi o pico macabro da pandemia - e da possibilidade de reembolso, decidimos aproveitar a viagem. 

O sistema do Hurb permite escolher 3 datas dentre as quais uma será escolhida pelo Hurb. Não pode ser qualquer data, eles não atendem meses como Janeiro e Dezembro pela altíssima temporada nem Julho, provavelmente pelas férias escolares.



Os vôos de ida e volta disponibilizados foram em horários bons (nada de madrugada) e sem escalas, ou seja, vôo direto Rio x Fortaleza pela Latam. Talvez tenha sido circunstância da pandemia que tornaram a escolha do vôo mais tranquila por parte da Hurb (ida às 15:25 e volta por volta das 11), mas não demos a mesma sorte no Pacote São Luis/Lençóis Maranhenses, onde o vôo foi remarcado e calhou de ser de madrugada (mas isso eu falarei em outro post).



Meireles, Fortaleza

O hotel de Fortaleza foi o Abolição Praia Hotel, bem próximo da "Beira Mar", onde ocorre a feirinha da Beira Mar. A localização foi ótima e o hotel não tinha luxo algum, como é esperado da categoria "econômica" do Hurb, mas tinha bom café da manhã. Notei um ponto negativo que foi a ausência de elevador, parecia estar em construção, e não tinha microondas - na ocasião, queria esquentar uma comida "para viagem". Mas a grande virtude foi mesmo a localização, a poucos minutos da orla. 

Praia do Mangue Seco, Jeri


Já em Jeri, a hospedagem foi na Pousada Mansomar, também com ótima localização, colada na Rua do Forró. A pousada parecia nova, na verdade, ao redor dela havia algumas construções acontecendo, o que foi um pouco ruim por ter areia misturada com cimento num trechinho. Mas nada que não desse pra conviver. Também sem luxos, ela pelo menos tinha microondas e um espaço para refeições, o que já ajudou bastante. 

Praia de Iracema - Fortaleza

Sobre os destinos, gostei bastante de ambas as cidades. Fortaleza, por ser mais urbana, tem muitos lugares bons para comer e também para beber, além dos centros comerciais ótimos para levar lembrancinhas ou comprar roupas. Em geral, achei os preços muito em conta, seja para alimentação, como para vestuário. 

Entrada de Jeri

Já Jeri é uma vila de estrutura simples com alguns resorts dentro e fora da vila. Como a hospedagem do Hurb é uma pousada simples dentro da vila, se planeje para gastar com os passeios, que acabam sendo obrigatórios caso a pessoa não esteja em um resort ou hotel com muita estrutura. Se os planos forem de aproveitar a maior parte do dia no hotel, o Hurb não é uma opção pois a estrutura da pousada é realmente apenas para descanso. Caso o desejo seja ficar em praias ou clubes próximos da praia, a praia principal da Vila é bonita, mas sem o glamour e estrutura dos ambientes famosos de Jeri, que ficam próximos de resorts fora da vila, acessíveis por quem estiver nesses resorts ou pelos passeios Leste e Oeste. Por isso, os passeios acabam sendo obrigatórios e é um fator relevante na hora de verificar os custos, porque além do investimento nos buggys ou jardineiras para o deslocamento, todas as atrações tem um ingresso que costuma ser por volta de 20 reais. 

Alchmist Beach Club, Jeri

Outro custo para levar em conta é o deslocamento de Fortaleza para Jeri, não incluso nos custos do pacote. É possível fazer deslocamento usando ônibus de viagem saindo da rodoviária de Fortaleza ou usar das empresas credenciadas de transfer, que percorrem os hotéis na orla, podendo ser transfer coletivo (em ônibus rodoviários) ou particular (custo mais alto, mas é possível fechar um carro ou van e dividir com grupos pequenos).

Jardineiras em Jeri

Para fazer compras em Fortaleza, vale ir no Mercado Municipal que muitas lojas para comprar castanha de caju (pelo que percebi, não tem muita variação do preço), camisas, bermudas e passadeiras. Tem também muitas lojas de artesanato, com destaque para os chapéus com costura na hora de iniciais ou nomes. Outro local muito conhecido é a feirinha da Beira Mar, com preços de castanhas um pouco mais caro, mas com mais opções de lembrancinhas, cachacinhas e artesanato. Na ocasião em que fui, estava havendo uma obra lá, mas mesmo assim, a feira estava muito organizada, com bom espaço e variedade de opções. Soube recentemente que a obra da Feirinha foi entregue e o espaço parece estar muito bonito. Em vez de barraquinhas, passou a ser pequenos containers, tomara que não fique muito "Nutella". 

Foto retirada do site do governo do estado

Um ponto negativo do pacote foi uma emergência familiar que me fez ter que antecipar o retorno. A mudança de planos acaba sendo bem complicada por conta do Hurb acabar jogando a decisão pra companhia aérea, no caso, a Latam que, por sua vez, também alega que só o comprador do pacote (a "agência") pode realizar alterações. A Latam sempre alega que é um pacote "coletivo" e que não pode fazer alterações. O que a Hurb conseguiu resolver com rapidez foi antecipar as diárias do hotel em Fortaleza. O pacote oferece 2 diárias em Fortaleza, 3 em Jeri e 1 em Fortaleza. Essa última de Fortaleza, eles conseguiram mudar a data para antes do previsto. 

Por conta dessa emergência, acabamos comprando o pacote novamente, para o ano seguinte, para aproveitar melhor nessa segunda viagem. No pacote que compramos para 2022, como já foi um ano de retomada do turismo, a disponibilidade de datas não foi tão fácil como no pacote de 2021. Selecionamos inicialmente 3 datas, como é de praxe, mas foi sugerido uma data que começava entre 2 dessas datas. Recebemos a opção de recusar a sugestão, mas acabou demorando quase 1 mês para a Hurb enviar outra sugestão, que acabou sendo 1 mês depois do que sugerimos inicialmente. Vimos que muita gente estava reclamando desse problema, mas com adiamentos até para o ano seguinte e acabamos aceitando essa nova sugestão, apesar de não ser a ideal, também não era ruim. O lado ruim foi que acabamos perdendo mais um dia de trabalho além do combinado inicialmente. Para quem tem menos flexibilidade no trabalho, isso poderia ter sido um grande problema. 

Praia de Iracema, Fortaleza

Nesse segundo pacote, também observamos que o padrão das hospedagens diminuiu. O hotel em Fortaleza, apesar de ainda ser perto da praia (uma caminhada bem menos direta que o do ano anterior, mas ainda assim próximo), acabou sendo numa rua secundária com aparência de abandono. Apesar disso, havia policiamento na rua principal mais próxima e aparentemente muita gente acabava passando ali sem muito problema, então, traumas de carioca a parte, o lugar não era ruim. Mas não era perto dos pontos mais turísticos da orla, e sim da praia de Iracema e do Dragão do Mar, que parecem ser menos badalados. O hotel em si foi o Algarve Praia Hotel, relativamente próximo a um Ibis e um mercadinho São Luis. A estrutura parecia bem menos robusta que o hotel do pacote do ano anterior, com chuveiro que pouco esquentava (como estava calor, era razoável, mas pode desagradar). Como o horário do vôo de volta era no final da tarde, optamos por fazer a meia reserva e esse foi um ponto ruim também do hotel, eles nunca confirmavam que poderíamos nos manter lá com late checkout, sequer na manhã do checkout. Só confirmamos que teríamos vaga para mais meio período minutos antes do checkout original, mesmo comunicando o desejo desde a ida para Jeri. 

Pôr do sol das capirinhas de Jeri

Em Jeri, a pousada também era bem mais simples do outro pacote, mas em Jeri, já é esperado algo simples por lá, mas comparando com o ano anterior que conseguíamos copa e microondas, sentimos um pouco que o Hurb está diminuindo o nível. Vale frisar que a localização ainda era ótima, na rua das "jantinhas" (barracas de comida estilo self service servindo num pratinho de papel) e bem perto da localidade das caipirinhas (onde tem música ao vivo e muita gente vai ver o pôr do sol). Vi que algumas pessoas pessoas do transfer acabaram ficando bem mais afastadas (ainda que a vila seja pequena, já é uma caminhada a mais).

Os comentários a seguir são sobre os transfers e passeios - nada relacionado ao Hurb - mas aproveitando a oportunidade: 

  • O transfer da Nettour, da primeira vez que fomos, cumpriu tudo corretamente e, por ser privativo em Hillux, acabou nem precisando mudar de veículo na entrada de Jeri. Eles foram flexíveis na antecipação do dia do transfer e não deram nenhuma dor de cabeça na mudança de planos
  • O transfer da Vitorino Tour foi bem organizado, com confirmações no dia anterior, mas, como eles terceirizam o serviço, acaba sendo sorte pegar ou não uma empresa boa no transporte em si. Na ida, fomos alocados na Sim7 que achei bem organizada e o veículo muito bom. Já no retorno foi a Girafatur e não foi tão impecável quanto a anterior, já que o veículo já tinha cheiro de mofo e a comunicação foi menos eficiente. Como nesse transfer, fizemos a opção do coletivo, acabam sendo duas pernas, uma de jardineira até um restaurante e o restante de ônibus e no retorno, foi tenso o motorista da jardineira falar que já já vinha um ônibus pegar a gente e sumir, deixando o grupo que veio com a jardineira só na força da fé. Mas tudo deu certo 
  • Também fizemos o passeio das 3 praias pela Vitorino. É bom estar atento pois haverá um custo adicional no passeio para Morro Branco para o pagamento do buggy e, caso não faça, vai ser viagem perdida (basicamente, você estará em um posto de gasolina que talvez dê pra ir andando pra praia, mas perde totalmente a graça). O passeio para Morro Branco e as Falésias foi ótimo, mas não gostei do passeio até Canoa Quebrada, pois não foi possível conhecer a feirinha da cidade (em Morro Branco, conhecemos) nem a famosa escultura. Ficamos em uma barraca e a experiência foi a mesma que se tivéssemos ficado em Fortaleza em alguma barraca da praia do Futuro. Acho que ficaria melhor se desembarcassem na área de feirinha, dando um tempo para caminhar até o monumento e depois, sim, ir para a barraca.  
Jangada em Canoa Quebrada
  • Achei um ponto de atenção que algumas pessoas que só compraram o passeio de Morro Branco acabaram tendo que esperar o ônibus ir e voltar de Canoa Quebrada para poder voltar para Fortaleza. Talvez tenha sido alguma falha na logística, mas é um risco de acabar ficando tedioso aguardar o ônibus ir e voltar de outra cidade. De todo modo, achei a Lagoa do Uruaú, o destino final do passeio de Morro Branco, um dos melhores pontos para relaxar.  
Lagoa do Uruaú, Beberibe
  • Fizemos os passeios no buggy do Elton Passeios de forma privativa. O guia foi bastante pontual e solícito e, por ser privativo, conseguiu evitar filas mudando um pouco a ordem de algumas atrações. O passeio Leste deixou a Árvore da Preguiça por último, tornando a foto noturna, o que achei um diferencial fundamental. Além da foto ficar diferente do que todo mundo costuma tirar, deu pra apreciar um bom trecho de somente céu estrelado e o mar no caminho de volta para a vila. Além disso, outra vantagem do roteiro do passeio foi a vista do pôr do sol em Barrinha.
Pôr do sol em Barrinha, Acaraú

Árvore da Preguiça noturna

8 de fev. de 2022

Gramado e Canela valem a pena?

Recentemente, fiz uma viagem de férias a Gramado e Canela, inspirado nas boas experiências serranas com Campos do Jordão, Penedo e Petrópolis. Queria compartilhar um pouco da experiência e fazer um balanço de vantagens e desvatagens. 

O deslocamento para Gramado não é curto, mas também não é nada surreal. Por exemplo, na viagem para Jeri, além do tempo de deslocamento até Fortaleza, tem também a estrada e a distância é bem longa. Já para Gramado, o vôo de Rio ou São Paulo até Porto Alegre é bem rapidinho e a viagem por estrada leva cerca de 1h30.

Vale pontuar que, como comprei a passagem com muita antecedência pela 123 Milhas, quando fui fazer o check-in online, descobri que não conseguia fazê-lo no horário previsto, e tive um pequeno susto, mas, insistindo um pouco no chat da 123 Milhas, consegui descobrir que o vôo mudou de horário, ou melhor, fomos realocados em outro vôo. Felizmente, foi no mesmo dia só um pouco mais tarde, então fiz o check-in online um pouco mais tarde. A época em que fui também me parece propícia a essas mudanças, era próximo do Natal: aeroportos cheios.

Para o deslocamento entre Porto Alegre e Gramado, é necessária tomar uma decisão de projeto. As opções a princípio são:

  • Alugar um carro em Poa - bom se você pretende visitar os pontos turísticos mais distantes de carro ou ir para outras cidades, como Nova Petrópolis ou Bento Gonçalves. Não é vantagem se quiser ficar pelo centro de Gramado ou Canela ou se contratar transfer para ir para os locais mais afastados. As vagas de rua do centro de Gramado e Canela são baratas, mas muito disputadas, o que me parece ser um risco de ter que morrer uma grana a mais num estacionamento particular. Ou perder precioso tempo buscando vaga. Uma estratégia válida é tentar encaixar o deslocamento de Poa e fazer as atrações mais distantes no intervalo da primeira diária, e já devolver o carro. E fazer algo similar na volta, com Canela.
  • Comprar uma passagem da Citral em ônibus rodoviário - é uma opção mais barata, mas que pode custar precioso tempo. Os horários são limitados, então dificilmente vai ter um encaixe confortável entre o horário da chegada do vôo e a saída do ônibus (que, pelo que li, passa no aeroporto). Por exemplo, como nosso vôo mudou de horário e acabou chegando tarde, não sei se teríamos uma opção do ônibus no fim do dia
  • Contratar um transfer - É a opção que nos pareceu o melhor custo benefício: pegamos um transfer compartilhado. Também há a opção do transfer particular, mas é bem mais caro. Usamos a empresa Kruse Turismo, com o pagamento via Tche Ofertas na ida, e a Turistur na volta. A Kruse é mais barata, mas passou credibilidade e o serviço foi bem prestado. Optamos pela Turistur na volta por termos menos flexibilidade devido ao horário do aeroporto e era a indicação entre os guias turísticos. Ambas as empresas foram pontuais e não tivemos problemas. 
  • Chamar um Uber - Essa opção pode parecer mais barata que o transfer, mas vai depender muito da sorte. Li que essa opção é usual entre os viajantes, mas pela experiência que temos com Uber para longas distâncias, a maioria cancela. Além disso, o preço pode disparar numa tarifa dinâmica


Ficamos no hotel Laghetto Gramado - descobrimos que tem vários Laghettos por lá. A localização do hotel foi ótima (10 minutos de caminhada até o centro de Gramado) e teve um bom custo benefício. Para quem vai de carro, tem algumas vagas de rua na frente do hotel, mas é possível deixar no interior do hotel pagando uma diária. O hotel dá vista para o lago (Joaquina Rita Bier) onde acontece o Natal Luz - Nativitaten. 



Atrações

De modo geral, achei as atrações de Gramado e Canela caras e muito voltadas para pais com filhos pequenos. Nossa primeira compreensão disso veio na hora de decidir comprar ou não o ingresso para o Natal Luz, que é bem caro, custava 110 a inteira. Lendo as resenhas na internet, tivemos essa impressão de que seria muito voltado para o público infantil. Os principais eventos do Natal Luz são "O grande Desfile de Natal", que acontece em um centro de eventos - pelo que entendi, similar ao Riocentro aqui no Rio ou o Anhembi, em SP, mas muito provavelmente muito menor - e o "Nativitatten", que fica no Lago Rita Bier. Dado o preço e as resenhas não muito favoráveis, optamos por não comprar. Acabamos ficando sabendo sem querer sobre o espetáculo Sonho de Natal de Canela, gratuito e ao ar livre, que realmente vale a pena. Na ocasião, os shows acontecem duas vezes ao dia, às 20h e às 21h, na Catedral de Pedra. É um show de luzes projetado na Catedral muito bem feito.


Outra atração gratuita e que vale a visita é o Lago Negro. É possível caminhar um bom trecho (cerca de 3 km) do Laghetto e arredores até lá, mas não há muito o que ver além de casinhas fofas. É uma distância ideal para ir de bike, se houver a oportunidade. Não há dificuldades para parar o carro próximo também, mas as vagas próximas ao Lago são muito disputadas, então, é provável que ainda precise caminhar uns 5 minutos do ponto de parada do carro. Fomos andando e voltamos de Uber. 


Preços dos pedalinhos: 50 a 60 reais


Vale mencionar uma dica para o uso do Uber. Os locais mais afastados não compensam para os motoristas de Uber irem, como o Skyglass, os Bondinhos aéreos, o restaurante Garfo e Bombacha e a Vitivinícola Jolimont. Na verdade, dificilmente haverá sinal de celular nesses lugares mais distantes para o retorno, então você pode até conseguir ir, mas vai ser arriscado não conseguir voltar. Fica mais favorável para quem está com carro, mas no Skyglass, terá que pagar o estacionamento (algo em torno de 20 reais preço único). A opção que fizemos foi pelo passeio fechado da Turistur chamado Tour Especial Canela. Nossa agente fechou por R$166,00 por duas pessoas e o passeio inclui Skyglass, Castelinho Caracol, Churrascaria Garfo e Bombacha, Catedral de Pedra de Canela e Alpen Park, sem estarem incluídos no preço ingressos e buffet. Há também transfers particulares que levam e trazem em horários combinados, mas pelo que entendi, só fecham preço de diária, então, acaba saindo caro, mas permite flexibilizar. No caso do pacote fechado, se o cliente quiser ir nos Bondinhos Aéreos em vez do Alpen Park, só conseguiria em outro pacote e em outro dia. 

Outro passeio que fechamos pacote da Turistur foi o Tour Uva e Vinho, que inclui Festival Italiano a bordo do Trem Maria Fumaça (passeio entre Bento Gonçalves e Carlos Barbosa), Parque Epopeia Italiana (Bento Gonçalves), Vinícola Aurora (Bento Gonçalves) e Fetina de Formaio (Carlos Barbosa). Neste pacote, que sai por R$345,00 por pessoa, os ingressos estão inclusos. Vale frisar que as cidades percorrida (Bento Gonçalves, Carlos Barbosa e Garibaldi) não ficam próximas a Gramado e Canela, então, é feita uma pequena viagem de 2 horas para chegar lá.


O passeio de Maria Fumaça e a visita à Vinícola Aurora fazem o pacote valer a pena, já as outras paradas não são tão motivantes. A Epopeia Italiana é um cinema/teatro que conta a imigração italiana com um viés mais voltado para pais com crianças e a parada na loja Fetina de Formaio me pareceu basicamente uma desculpa para visitar a loja da Tramontina (é onde o ônibus para e em frente à loja de queijos). Talvez se fosse uma visita técnica à fábrica da Tramontina fosse mais interessante, mas essa parada no showroom da Tramontina foi exagerado no tempo e não tinha muito o que fazer a menos de itens inflacionados que podemos comprar pela internet mais barato sem ter que socar na bagagem. Voltando para a parte boa, a visita à Aurora não foi como imaginávamos no sentido de ter contato com a colheita das uvas (parece que a visita à Chandon tem algo assim), mas passamos pelos tonéis de fermentação e conhecemos um pouco da história da cooperativa de sucos, vinhos e espumantes. E claro, degustação regada. A lojinha no fim do tour tem preços justos e vale levar os itens mais exclusivos. Os sucos de uva tinto e vinhos suaves são mais comuns de encontrar nos mercados e não talvez não valha a pena levar o peso. A propósito, foi nesse passeio que tomei conhecimento que as companhias aéreas permitem levar uma caixa de bebidas fechadas na mão (itens de até 1 litro), então, se levar o peso não for problema, é possível levar uma caixinha de lembrança. 


E o passeio de Maria Fumaça, passando pelas cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa, também tem degustações de vinhos da Garibaldi, shows de música e claro, o charme do trem com cheirinho de lenha queimando. Vale bastante a pena. 




Outro ponto turístico que visitamos foi o Mundo a Vapor, famoso pelo trem caindo do telhado. É mais uma atração mais voltada para pais com filhos pequenos, mas de todo modo, é uma visita interessante. Porém, se levarmos em conta o preço da atração, pode não ser tão viável. Os ingressos custam 60 reais por adulto e dão direito a uma volta de trem num pequeno trajeto nos fundos do galpão onde as demonstrações acontecem. As demonstrações falam da evolução do uso do motor a combustão para as variadas finalidades, com destaque para o mini vergalhão feito na hora em uma mini caldeira. 


Gastronomia

O restaurante Garfo e Bombacha já foi citado anteriormente foi uma das nossas paradas de almoço no passeio do Skyglass. Achei o preço justo e o esquema é buffet liberado com costela gaúcha e sobremesa, mas bebidas são pagas à parte. Achei um ponto negativo do passeio limitar o tempo de almoço para 1 hora contada a partir do momento do desembarque do ônibus, acredito que ficaria mais folgado se fosse 1 hora e meia, para aproveitar uma boa comida e ter tempo de conversar. O restaurante tem a atração da noite gaúcha, com shows típicos. Seria nosso plano inicial, mas acabamos desistindo pela distância e por já ter ido no restaurante pelo passeio. Supostamente, o passeio deu um desconto no valor do preço do buffet. O guia deu a entender que não é garantido que o passeio sempre faça a parada no restaurante, mas acho que não devem ter muitas opções na estrada do Skyglass, então parece conveniente para clientes e para as empresas de passeios. 


Outro ponto que estávamos previamente querendo visitar é o La Meuse Canela, que conhecemos por Instagram e tem como atrações as cervejas artesanais na torneira e drinks bonitos. 


Vale também conhecer, em Gramado, o Café du Centre, uma lanchonete/cafeteria muito charmosa, com doces caprichados.



Perto dali, temos o McDonald's com jeitinho de casa na Serra. 


E o Velha Bruxa, que chegamos a olhar o cardápio, mas achamos muito caro (mas tinha fila na porta).


Vale a visita também no bar Le Spot bem no centrão de Gramado (não sei por que, o nome no Google Maps estava Downtown Pub & Beer, parece que esse bar mudou de endereço, talvez valha a visita também). O esquema do Le Spot é cardápio virtual e uma espécie de ifood presencial, onde o pedido é feito pelo site e servido alguns minutos depois. Você também pode chamar algum atendente caso queira tirar dúvidas. O espaço é pequeno, mas bem bonito e as porções dos petiscos são justas. 

Conhecemos também o restaurante Carne & Osso, qu/e, infelizmente, não tinha costela gaúcha, pelo menos não no dia em que fomos. O restaurante fica na divisa de Canela e Gramado, perto do Mundo a Vapor e foi bem fácil de chegar e sair de Uber/99. O ambiente é bem bonito e os preços são um pouco mais caros, mas nada surreal. 

E de resto, conheçam as lojas de chocolates. As marcas mais presentes são a Prawer (um pouco mais cara) e a Lugano. Obrigatória a lembrancinha de um chocolate de Gramado, não é? 

Balanço

Acho que vale racionar a grana para levar em conta o que vale a pena de atrações. O Skyglass é como uma parada obrigatória, mas é caro e é um passeio rápido. Vale a pena por ser inusitado. Não visitei o Bondinhos Aéreos, mas me parece que é um lugar bom para conhecer também. Já as atrações do público infantil podem ser mais válidas para os pais com filhos, como o Mundo a Vapor, Minimundo e Mundo de Chocolate, pois os ingressos são caros e não vai render entretenimento para adultos sem filhos. As caminhadas a pé pelos centros de Gramado e Canela valem muito a pena, tem restaurantes para todos os gostos e vários muito bonitos, me parece mais justo gastar nos restaurantes e bares que nas atrações. Como alguns blogs informam, também tive a sensação de que Canela é mais barata que Gramado, então pode ser o melhor lugar para lembrancinhas e jantares. 

As distâncias das atrações mais isoladas também foi um ponto baixo pois não há muita alternativa a não ser pacotes fechados de agência, transfer privativo ou carro próprio. Os ônibus de linha não passam nessas regiões, o que acredito que possa ser uma melhoria para as cidades no futuro, para ajudar a democratizar o turismo. A questão da mobilidade pareceu deixar Gramado/Canela pra tras com relação a Rio, São Paulo, Fortaleza, etc. Me impressionou saber, durante a estadia, que Gramado seria o segundo destino mais procurado no Brasil, ficando atrás do Rio. Pesquisei e vi que realmente está nos tops, dependendo da pesquisa, ficando em segundo ou terceiro ou mais abaixo, mas sempre nos top 10. 

O único real inconveniente da viagem foram os agentes de Condomínios Multipropriedade. Acredito que seja algo pras prefeituras se atentarem, mas algumas abordagens são bem chatas. A maioria, porém, é educada, mas ainda assim podem levar a armadilhas de conversas infinitas sobre um sistema de compra de propriedade. Fora isso, a segurança, limpeza e cordialidade foram otimos na cidade. 

Links úteis:

Quem sou eu

Raphael Fernandes
Carioca, Brasileiro, Estudante de Robótica
Hiperativo, Imperativo
Gosto de tecnologia, de transporte, de Rock, de reclamar e de propagandas criativas (e outras coisas que posso ter falado em um post ou não)
Musicalmente falando, sou assim.

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