24 de mar. de 2013

A instagranzação das coisas

Com a facilitação dos registros através de câmeras de celular e os inúmeros aplicativos de localização e efeitos artísticos, começou-se a fazer uma correlação entre qualquer evento social e sua respectiva foto nas redes sociais. OK, bem legal as pessoas registrarem sua vida com o auxílio da tecnologia. No entanto,  o que acontece é que o ato de sair já não está mais relacionado com o prazer do evento em si, mas com as fotos que a pessoa vai tirar.

Encontros modernos via SMS
Hoje em dia, é  possível ver e conhecer muitas coisas pela internet. O objetivo de eventos para ver essas coisas seria de socializar e conhecer pessoas com interesses comuns, comprar umas bobeiras, tudo bem, mas principalmente sentir-se bem entre pessoas com cabeça parecida. O que acontece, porém, é um desfile de fotinhas e esse é o máximo de socialização desses eventos: pedir ao coleguinha para tirar uma foto.

Outra coisa são boates, cafés e steak houses. As pessoas pagam caro para ir nesses lugares, não necessariamente pelo serviço ser melhor ou ter algo em específico, mas pelo glamour, naturalmente, registrado numa foto no Instagram. E, principalmente, há um isolamento em cada smartphone, onde você está perto de uma pessoa e essa pessoa pode nem estar interagindo com você. Posso parecer muito old school, mas, se você sai com um amigo, é pra falar e interagir com o ambiente e com quem tiver ao redor. Estou bem na transição da geração que marcava pra se ver e a geração que marca no twitter, e confesso que às vezes, o 3g no celular é a salvação. Porém, os objetivos parecem estar mudando...

Leia também: A facebookização dos relacionamentos

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Quem sou eu

Raphael Fernandes
Carioca, Brasileiro, Estudante de Robótica
Hiperativo, Imperativo
Gosto de tecnologia, de transporte, de Rock, de reclamar e de propagandas criativas (e outras coisas que posso ter falado em um post ou não)
Musicalmente falando, sou assim.

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