O livro, na verdade, divide-se em dois relatos de viagem: A Ilha dos Daltônicos e A Ilha das Cicadáceas. A primeira parte explica sobre a Acromatopsia, o daltonismo total, em que a pessoa só vê tons de cinza. E, na segunda, fala-se sobre a presença de uma doença que provoca paralisia ou demência, similares ao livro e filme Tempo de Despertar.
As histórias acontecem em sequência cronológica, mas A Ilha dos Daltônicos apresenta mais detalhes geográficos, detalhando os altos e baixos da viagem do Havaí até Pingelap, passando por paraísos tropicais e infernos nucleares, onde militares ainda mantém o ambiente como nos tempos da Guerra Fria. A primeira escala é numa ilha desastre ambiental, onde a superpopulação convive com o problema do lixo. A segunda é num paraíso controlado por militares e, finalmente, a terceira é a própria Ilha dos Daltônicos.
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Ebeye |
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Enewetak |
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Kwajalein |
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Majuro |
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Nan Madol |
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Rongelap |
Na Ilha das Cicadáceas, os registros são mais de botânica, já que o relato mostra os casos dos pacientes e, em paralelo, as plantas do local, entre elas, as samambaias, epífitas (plantas como as orquídeas) e as cicadáceas, plantas da época dos dinossauros que se parecem com coqueiros.
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Cicadácea |
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Cycas multipinnata |
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Fruta Pão |
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Humata heterophylla |
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Ophioglossum pendulum |
Essa parte é muito indicada para quem gosta de ciência ou para quem quer se tornar um pesquisador, que esteja querendo entender como acontece a construção de uma teoria. Isso é bem interessante porque, muitas das pessoas que estão ingressando na carreira acadêmica costumam estudar os assuntos como se a teoria tivesse sido "descoberta", como se algum cientista, numa epifania, tivesse construído seu modelo. Na Ilha das Cicadáceas, é mostrada a criação (e destruição) de teorias para explicar a doença (
lytico-bodig), de modo que é possível perceber como a ciência realmente trabalha: sem verdades absolutas, sempre tentando refutar uma teoria de forma a lapidá-la e aproximá-la da verdade.
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