6 de abr. de 2010

Rio's epic fail

Sim, hoje foi um dia "daqueles". Me senti no Flash Forward logo após o apagão, só faltou ver cangurus pelas ruas alagadas do Rio. Minha saga se iniciou ao acordar e pensar "que merda, não quero sair de casa hoje... mas tenho que sair, tenho trabalhinho a entregar e provinha a resolver". E então saí de casa. No ponto de ônibus, dou de cara com uma multidão a espera. Decidi caminhar ao centro do bairro, onde, teoricamente, teria mais opções. No caminho, multidões se formavam a cada ponto e ônibus não passavam... E fiquei no ponto esperando e nada acontecia. Ouvindo a CBN, recebi o conselho de que a melhor opção era "evitar sair de casa", mas não levei a sério esse conselho, interpretei apenas como "evite saídas desnecessárias" e ri por dentro, pensando, "tenho prova a fazer e o trabalho não pode parar. A metrópole não pode parar". De repente, vejo um ônibus escrito via linha amarela se aproximar. A princípio não levo fé, achando ser um 690, mas logo vejo ser um 240. Confirmo com o motorista que explica que é o via serra só que a serra estava interditada então ele ia fazer o caminho pela linha amarela. Ele fez o caminho na Freguesia até a Serra, fechada pela polícia, parecia coisa de filme, nunca tinha visto algo assim (ainda preciso ver a Niemeyer fechada com aquela cancela, deve ser show), com direito a pagodão do 240 (rapidamente anulado pelo Death Magnetic das horas mais difíceis). Em Bonsucesso, mais um momento canguru, um 663 surgiu, confirmo que vai pro Fundão e vejo meu #fail assim que o ônibus vira na Brasil, fazendo me estressar com palhaços que reclamam do meu guarda-chuva (segurar a mochila ninguém quer...) e outros que receberam minha extravasão de ódio com um xingamento após me empurrar ao som, no volume máximo, de Napalm Death. Mas, cheguei vivo no CT e fui recebido pela Lygia e o Yuri, e ao vê-los já melhorei meu humor. Vejo um CT sem luz do A ao H e, em meio a tentativas de jogar xadrez e conversa com o professor de chinelinho e garrafão de café, indo toda hora do A pro H, do H pro A (mas nunca no meio, quântica...), tomo a decisão de abandonar a ilha de lost através de um Caxias-Barra que fez a delicadeza de deixar a gente descer no engarrafamento. Mais um canguru quando desci a Linha Amarela, um ônibus pra Campo Grande, por essas bandas provavelmente porque a Grota Funda estava interditada, talvez indo pra Taquara. Saldo de 267 do dia: 0. Nos jornais, via as manchetes da noite passada que mais pareciam da manhã de hoje, acho que porque eu não vivi o caos de ontem, só fui perceber hoje. A minha percepção é mesmo de um dia catastrófico, mas de uma catástrofe evitável. Sempre penso, outros países têm furacões, terremotos e, aqui, uma chuva toma uma proporção parecida... O prefeito fala que a cidade parou por causa do excesso de chuva, isso não pode ser desculpa. Mas, a sensação mesmo era de um pós-flash forward, com avenidas vazias por causa de interdições anteriores e rios quase transbordando . Apesar da primeira grande crise de stress do ano (só porque ontem eu tava pensando, já temos 2 semanas de aulas e nenhuma crise!), observar o caos de vez em quando é legal. Amanhã, não sairei de casa (já foi decretado dia morto, só o hospital funciona) e vou poder curtir as goteiras.
PS: Detalhe importante - só o Burguesão tinha luz no CT

Cara fazendo malabaris pro Banco do Brasil estava lá, no dia caótico (cartão do Santander também estava)

Poça gigante na Linha Vermelha

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Quem sou eu

Raphael Fernandes
Carioca, Brasileiro, Estudante de Robótica
Hiperativo, Imperativo
Gosto de tecnologia, de transporte, de Rock, de reclamar e de propagandas criativas (e outras coisas que posso ter falado em um post ou não)
Musicalmente falando, sou assim.

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