19 de dez. de 2011

Até o Edguy!?

De uns tempos pra cá, tenho visto tanta acusação de plagio na música que chega a desanimar. Essas bobagens geralmente vêm de comentários de youtube, que eu tento não ler (havia uma época em que dava para desabilitá-los, mas acho que atualmente, não dá mais), mas acabo lendo e, não ler, na maioria das vezes, seria tampar os olhos pra não ver a verdade. De fato, algumas músicas são parecidas e às vezes até são autorizadas.

Acho que a primeira história com uma música que eu curto aconteceu entre dois sons que eu gosto: Coldplay e Joe Satriani, com as músicas, respectivamente, Viva la Vida e If I could Fly.






Eu avaliei previamente, e não achei assim tão parecido. Mas, de fato, ouvindo a versão combinada, dá pra perceber melhor a semelhança. O que podemos afirmar é que, no mínimo, o Coldplay teve bom gosto... Minha vida continuou, apesar de um processar o outro, continuo ouvindo ambos e apreciando muito o som... E lamentável os xingamentos mútuos de fãs nos comentários (principalmente sabendo que houve um acordo)

Mas acho que a primeira história mesmo que envolvia meu gosto foi com relação à maquiagem do KISS supostamente copiada do Secos e Molhados. Respeito o Ney Matogrosso e o som deles, apesar de não conhecer muito, mas achei forçar a barra. Bom, neste post - http://emiliopacheco.blogspot.com/2006/03/secos-molhados-e-kiss-fim-de-polmica.html - há uma avaliação bem documentada deste conflito e, aparentemente, o KISS sai limpo na história. Ou melhor, ambos os grupos.

Me deparei também, com um fatídico vídeo no Youtube comparando o último disco do Metallica, o bom Death Magnetic, com músicas antigas. Tudo bem, algumas são apenas inspiração, mas tem alguns riffs apresentados que foram bem parecidos...



Outra banda amada que foi acusada de copiar a si mesma foi o Dream Theater, com o A Dramatic Turn of Events, supostamente, rearranjo do Images and Words. Eu, particularmente, não acho tão parecido assim, talvez o conteúdo, abrangindo músicas mais calmas e músicas maiores, possa lembrar, mas prefiro o Images and Words.Pelo que li em um site, o artigo original apontando a cópia veio desse post: http://www.facebook.com/note.php?note_id=10150771825130184 com uma resposta do Portnoy aqui http://www.mikeportnoy.com/forum/tm.aspx?high=&m=2666577&mpage=100#2706658. Li uma entrevista da própria banda falando (confira), obviamente, que não foi uma simples reinvenção da roda... O que agravaria essa situação é o fato de o Portnoy, ex-baterista, ter composto no primeiro disco, e, agora que está fora, ter sido "plagiado". Pretendo fazer uma análise mais apurada deste novo álbum (vou editar este post: A dramatic turn of events - A vida pós Portnoy), com senso crítico para achar as semelhanças apontada pelo colega. O que apurei até agora foi que o final de Breaking all Illusions me faz lembrar de Octavarium... E, finalmente, ainda insisto, esse disco novo não tem o viés revolucionário que eu sinto no Images and Words, aquela sensação de "porra, isso aqui é algo épico".

Essas discussões de novo x antigo são bem freqüentes. O antigo que é bom, o novo se limita a cópia do antigo ou porcaria que ficou comercial. O que acontece são muitos exageros de fãs, que falam isso como malucos em comentários no Youtube. Uma banda muito injustiçada é o Helloween, que é tratada praticamente como um Justin Bieber do metal, alvo de muito bullying nos negativos e comentários no Youtube, o que acho desnecessário, tudo bem, mudou o vocalista, mudou a pegada, mas tem algumas coisas boas no Helloween novo. E eu desafio esses haters a trocar uma hora de Helloween novo por 1 hora de Michel Teló... Eu até entendo esse preconceito com coisas novas,eu mesmo tenho muito. O antigo, não tinha nada pra comparar e, de repente, vem algo novo e aquilo é agradável, vira épico. Malandro foi o Renato Russo que morreu cedo pra não ouvir essas declarações do tipo se cria algo, é lixo, se não cria, é mais do mesmo, se some, é sacanagem com os fãs...

Voltando aos plágios, comecei, então, a ver referências em tudo. Tem uma música do Avenged Sevenfold que lembra muito uma do Kamelot, uma música  do Korzus com uma pontinha de Slipknot, e isso dá uma merda danada porque fã de thrash não admite qualquer comparação com nu metal (como pode ser visto nos comentários do vídeo do Korzus)... O Avenged mesmo tem uma referência bem clara,  à música Ride the Lightening, do Metallica, mas aí, é  plausível, bem provável de ser uma simples homenagem, já que é só o finalzinho ("This is now your life Die buried alive" x "Flash before my eyes, now its time to die"):



Então, eu vejo como homenagem mesmo. Já quanto à Save Me (2010), acho a base dela muito parecida com a de Center of the universe, do Kamelot (2005). Em especial, dá pra comparar vendo o fim da Center of the Universe e o começo de Save me:



O que me vem chateando mesmo é o fato de toda música do Coldplay ter uma historinha... Gosto muito de Coldplay, é um som que realmente me toca, mas é chato saber que aquela cadência já foi usada por alguém antes. Bom, diria que eles têm uma grande habilidade de melhorar as coisas, porque, em geral, as músicas originais me parecem bem desinteressantes (não é o caso do Satriani, reforçando).

E recentemente descobri que a batida inicial de Every Teardrop is a Waterfall veio de uma música chamada Going to Rio ...

 


...bom, não sei se essa teve a autorização explícita, o Chris contou sua historinha numa entrevista pra MTV (não vou achar essa entrevisa, provavelmente, mas foi nesse programa: Big Audio), uma pena, mas a gente não pode ser inconseqüente a ponto de ignorar essas coisas. E nada muda com relação à minha emoção frente à música deles, prova disso é que continuo gostando de Legião mesmo depois da quantidade de merda que foi dita à respeito e dos anos que se passaram. Por outro lado, a música Talk possui a batida exata da Computer Love, do Kraftwerk. Mas, neste caso, o uso foi autorizado. Eu li alguma coisa a respeito da Strawberry Swing, não o clipe, mas a música em si, seria parecida com a batida de um rap, mas não encontrei mais isso. Apenas encontrei acusações sobre o clipe, que por sinal é muito bonito. E, talvez tentando pegar esse desespero em processar o Coldplay, um compositor acusa de três dos maiores clássicos: Clocks, Trouble e Yellow.

Por fim, deixo aqui o que me motivou a escrever este digníssimo post, o estopim. Mais uma vez, lendo a porcaria dos comentários, dessa vez da música Wasted Time do Edguy, vi uma referência à Anya, do Deep Purple. São duas grandes bandas, apesar de eu gostar mais do Edguy...



Então, até o Edguy?!

OBS: Ainda está em modo de rascunho porque estou sem youtube, coloquei o que dava, mas as outras, prefiro analisar melhor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito interessante.
Dessas eu já havia percebido a semelhança da Wasted time e a Anya, que são realmente muito parecidas..
Valeu

Quem sou eu

Raphael Fernandes
Carioca, Brasileiro, Estudante de Robótica
Hiperativo, Imperativo
Gosto de tecnologia, de transporte, de Rock, de reclamar e de propagandas criativas (e outras coisas que posso ter falado em um post ou não)
Musicalmente falando, sou assim.

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