30 de abr. de 2020

Quarentena

Não vejo a hora de terminar a quarentena. Que saudades que eu tô de acordar cedo e ter que decidir se tomo café da manhã ou atraso pro trabalho. De esperar ônibus e vir tudo cheio de estudante da escola pública. De andar 15 minutos até a escola pública aonde todas as crianças vão, para conseguir entrar no ônibus e não ouvir a alegria da criançada à vontade no coletivo. De ir pra rua e voltar na mesma perna do bilhete único, que saudade boa. De pegar trânsito, pagar pedágio, dar passagem pro Corolla do Poder Executivo, consultar o OTT, o Waze e o Lei Seca. Que rotina boa. Que saudade do tempo em que não tinha tempo de passear com as cachorras, fazer um alongamento. Não é fácil poder levar uma hora para fazer uma refeição, bom mesmo é comer em meia hora pra sair meia hora mais cedo. Que saudade da fila do restaurante, que destruía o sonho de sair meia hora mais cedo. Que saudade da calça comprida e do sapato. Que saudade de um deslocamento de mais de uma hora por sentido, 2 horas de vida perdidas por dia por um deslocamento que nos faz pensar - principalmente quando o trânsito está ruim - se é realmente necessário. Agora todos começam a refletir que conseguimos viver em grande parte de trabalho remoto. Novos tempos virão. Não vejo a hora dessa rotina de ansiedade e tomadas de decisão retornar, mas torço para que, na volta, haja uma quebra de paradigma e que possamos viver mais e não gastar tantos recursos econômicos - como nosso dinheiro em deslocamentos, automóveis e estacionamentos - e naturais, como petróleo, além, claro de nosso tempo limitado neste planeta, que possamos ser mais eficientes para realizar nossa rotina.

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Quem sou eu

Raphael Fernandes
Carioca, Brasileiro, Estudante de Robótica
Hiperativo, Imperativo
Gosto de tecnologia, de transporte, de Rock, de reclamar e de propagandas criativas (e outras coisas que posso ter falado em um post ou não)
Musicalmente falando, sou assim.

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