Depois de ir mijar no grande burguês por motivos de "falta água no banheiro, mas tem no bebedouro" e perceber uma grande aglomeração diante da telinha, percebi que estava rolando o jogão Portugal x Espanha. Desses que eu realmente estava disposto a torcer. Sim, pensei outro dia, os jogos que ia realmente torcer: Portugal contra Espanha e Boca contra Corinteias. Não podia ficar mais nenhum minutinho lá (traumatizado com a final da copa, em que todos na mesa torciam pra Espanha e eu torcia pra Holanda), precisava assistir ao jogo em casa. Mas, fiquei ainda alguns minutinhos a refletir se valia a pena correr ou se era melhor manter a rotina, vi o trânsito no Google Maps e parecia razoável, o suficiente para chegar em 1 hora pegando o ônibus mais caro que para menos. Parti, enfrentei um pouquinho de trânsito e, no segundo ônibus, me arrisquei pegar funk no busão (apesar de que peguei uma linha que já é menos propícia, naturalmente que não me arriscaria num Rio das Trevas da vida) e cheguei exatamente no fim do jogo. FELIZMENTE foi para a prorrogação. Vi a Espanha cozinhar o jogo no seu maior estilo e Portugal batalhar, com emoção. Aturei o mimimi espanhol, torci e, no final, já era melhor terminar o jogo logo. Foi para os pênaltis e, apesar da alegria inicial do Chabis Chabis Chabis perder, foi só ilusão e a esperança dessa palhaçada espanhola prosseguir foi pro cacete quando aquele português ajeitou a grama como se fosse montinho de futebol de areia. Espanha ganhou no seu clássico mimimi, gol chorado, zero a zero, faltinha no final, pênalti, etc... Agora, é torcer pra qualquer um dos que passar, apesar de que é quase certo que vá ganhar, é preciso "fazer o povo espanhol ficar feliz".
Já não bastasse o Alonso nojento ganhando aquela corrida no fim de semana, corrida, por sinal, muito boa e bonita, com direito a sonhar com uma corrida pegando a Praia de Botafogo e o contorno do Porto do Rio, pena que o automobilismo carioca foi sacaneado, nosso autódromo tem porque tem que ser explodido pra dar lugar a construções supervalorizadas e até SP, sem muito o que mostrar de natureza, consegue uma formula indy na rua e a gente nada... E olha que dizem que investem no nosso talento nato para o turismo...
Mas voltando ao futebó, torço pela Alemanha. Mas se passar a Itália, torço pra que seja a campeã. E se o Brasil pegar a Espanha um dia, volto a torcer pro Brasil, depois de tantos anos agourando este pais ingrato, cujos jogadores são menos brasileiros que os jogadores de nossa colônia, Portugal, com alguns brasileiros que passaram mais tempo aqui que "nossos" jogadores. Em geral, torço contra, mas abro aí uma exceção pra jogos contra os EUA. Eles já são bons em tudo, ainda querem ser bons também no soccer? Por favor, deixem isso para os sulamericanos e europeus... Mas, em tempos de mimimi, sou Brasil desde criancinha contra essa desgraça dessa Espanha.
*ao som de Whitesnake (My Evil Ways, Forevermore, Whipping Boys Blues)
27 de jun. de 2012
23 de jun. de 2012
Para ser lido na Rio +40, parte 2
Um outro sentido
Estamos celebrando, esses últimos dias, um evento de escala mundial que talvez esteja se encaminhando para ser uma reunião sem muitos resultados concretos, dentro da área proposta. Mas ainda assim, acho válido pela exposição, pela presença, pelos eventos paralelos, pelos protestos. Me deu a sensação de foco do mundo, ao contrário do Pan, que não me deu a sensação de ser algo realmente grandioso.
Os assuntos foram vastos, mas, principalmente, o conceito polêmico do desenvolvimento sustentável. E o foco foi principalmente a poluição do ar, na forma das fumaças industriais, dos automóveis (parênteses para os ônibus a diesel enquanto na Rio 92, eram a etanol para as delegações) e das fontes geradoras de energia. Ainda que o aquecimento global seja uma fase natural do planeta, e que tenhamos petróleo para os próximos anos, é fato que precisamos desenvolver as alternativas. É fato que as metrópoles possuem baixa qualidade do ar - e, de forma geral, baixa qualidade de vários quesitos dentro do conceito de sustentabilidade. Gostaria, então de abrir aqui um campo de poluição que, embora pareça ser menos agressiva, é de grande importância na qualidade de vida e pode, sim, estar afetando o dia-a-dia da população, ainda que de forma indireta: trata-se da poluição sonora.
Vem se falando muito da poluição do ar e dos mares nesses últimos dias e esta é uma atitude louvável, já que são assuntos geralmente colocados em segundo plano e que, pelo menos por enquanto, crescem em seu conceito. Até mesmo foi falado da poluição visual, com o prefeito correndo para sumir com os outdoors da cidade, ou pelo menos a parte “para-inglês-ver” dela, também com postos de gasolina. Só que não podemos nos esquecer da poluição sonora: da busina nossa de cada dia e tudo mais. Esta poluição, que, embora não seja um suposto fator para a elevação da temperatura dos mares e derretimento das calotas, vem elevando o nível de stress - e isso mata, sim. E o que se vê por aí é uma banalização dos barulhos. A busina é o exemplo mais óbvio: o que era para ser apenas um alerta de trânsito e dá multa se utilizada de forma banal, virou uma constante, e, mesmo que em situações em que se espera uma maior tolerância e maior pudor com o uso, como em áreas de escolas e hospitais, não há diferença. Então você busina para empurrar o condutor da frente, criando um ambiente de pressão e a tensão cresce até que um acidente pode acontecer.
Outro exemplo óbvio reside na portabilidade de celulares e afins, permitindo qualquer barulhinho em público. Algumas vezes, estou em transporte público e pareço no meio da bolsa de valores, com tanta gente falando no celular. Resultado dos planos cada vez mais baratos, da concorrência. O que devia ser uma vantagem acaba se tornando um tormento para o espaço compartilhado. E, quando você está tranqüilo, olhando pela janela, de repente, vem um alerta daquela operadora escandalosa. Me pergunto se não há uma maneira de diminuir o volume. A cereja do bolo, porém, é a música no viva voz. A meu ver, muitas pessoas fazem isto já sob influência do ambiente tenso das metrópoles. Há uma necessidade de passar a tensão adiante. Isso cria stress, isso traz doenças. E isso cria monstros.
Existem, ainda, outras formas de transtorno: helicópteros e aviões, ônibus e caminhões, esses de necessidade de logística da parte dos governos para diminuir os transtornos. Os efeitos na pessoa vão do já citado stress, provocando taquicardia e gastrites, mas, além disso, prejudica a audição, ao ser exposto diretamente a uma fonte de ruído, como britadeiras, ou indiretamente, usando fones de ouvido com volume alto para esquecer do mundo lá fora; diminui a atenção; provoca insônia.
A poluição sonora provoca uma situação de tensão nas metrópoles e, muitas vezes, atitudes simples e um pouquinho de autocontrole seriam suficientes para aliviar essa tensão. Não é de admirar que a pessoa que põe música alta no trem e fura o cano de descarga da moto seja a mesma que joga o papelzinho no chão. Os DJs são como os pichadores, mas sem o menor receio de serem vistos ou repreendidos. E o que pode ser feito daqui em diante não é pauta da Rio +20, nem será da Rio +40, mas os efeitos estarão ai, em direção a uma ditadura do barulho, onde manda quem tiver a caixa de som mais alta. Talvez a solução esteja na base, na educação de qualidade, então fica difícil acreditar numa melhora, sabendo do descaso deste país nesse campo.
Estamos celebrando, esses últimos dias, um evento de escala mundial que talvez esteja se encaminhando para ser uma reunião sem muitos resultados concretos, dentro da área proposta. Mas ainda assim, acho válido pela exposição, pela presença, pelos eventos paralelos, pelos protestos. Me deu a sensação de foco do mundo, ao contrário do Pan, que não me deu a sensação de ser algo realmente grandioso.
Os assuntos foram vastos, mas, principalmente, o conceito polêmico do desenvolvimento sustentável. E o foco foi principalmente a poluição do ar, na forma das fumaças industriais, dos automóveis (parênteses para os ônibus a diesel enquanto na Rio 92, eram a etanol para as delegações) e das fontes geradoras de energia. Ainda que o aquecimento global seja uma fase natural do planeta, e que tenhamos petróleo para os próximos anos, é fato que precisamos desenvolver as alternativas. É fato que as metrópoles possuem baixa qualidade do ar - e, de forma geral, baixa qualidade de vários quesitos dentro do conceito de sustentabilidade. Gostaria, então de abrir aqui um campo de poluição que, embora pareça ser menos agressiva, é de grande importância na qualidade de vida e pode, sim, estar afetando o dia-a-dia da população, ainda que de forma indireta: trata-se da poluição sonora.
Vem se falando muito da poluição do ar e dos mares nesses últimos dias e esta é uma atitude louvável, já que são assuntos geralmente colocados em segundo plano e que, pelo menos por enquanto, crescem em seu conceito. Até mesmo foi falado da poluição visual, com o prefeito correndo para sumir com os outdoors da cidade, ou pelo menos a parte “para-inglês-ver” dela, também com postos de gasolina. Só que não podemos nos esquecer da poluição sonora: da busina nossa de cada dia e tudo mais. Esta poluição, que, embora não seja um suposto fator para a elevação da temperatura dos mares e derretimento das calotas, vem elevando o nível de stress - e isso mata, sim. E o que se vê por aí é uma banalização dos barulhos. A busina é o exemplo mais óbvio: o que era para ser apenas um alerta de trânsito e dá multa se utilizada de forma banal, virou uma constante, e, mesmo que em situações em que se espera uma maior tolerância e maior pudor com o uso, como em áreas de escolas e hospitais, não há diferença. Então você busina para empurrar o condutor da frente, criando um ambiente de pressão e a tensão cresce até que um acidente pode acontecer.
Outro exemplo óbvio reside na portabilidade de celulares e afins, permitindo qualquer barulhinho em público. Algumas vezes, estou em transporte público e pareço no meio da bolsa de valores, com tanta gente falando no celular. Resultado dos planos cada vez mais baratos, da concorrência. O que devia ser uma vantagem acaba se tornando um tormento para o espaço compartilhado. E, quando você está tranqüilo, olhando pela janela, de repente, vem um alerta daquela operadora escandalosa. Me pergunto se não há uma maneira de diminuir o volume. A cereja do bolo, porém, é a música no viva voz. A meu ver, muitas pessoas fazem isto já sob influência do ambiente tenso das metrópoles. Há uma necessidade de passar a tensão adiante. Isso cria stress, isso traz doenças. E isso cria monstros.
Existem, ainda, outras formas de transtorno: helicópteros e aviões, ônibus e caminhões, esses de necessidade de logística da parte dos governos para diminuir os transtornos. Os efeitos na pessoa vão do já citado stress, provocando taquicardia e gastrites, mas, além disso, prejudica a audição, ao ser exposto diretamente a uma fonte de ruído, como britadeiras, ou indiretamente, usando fones de ouvido com volume alto para esquecer do mundo lá fora; diminui a atenção; provoca insônia.
A poluição sonora provoca uma situação de tensão nas metrópoles e, muitas vezes, atitudes simples e um pouquinho de autocontrole seriam suficientes para aliviar essa tensão. Não é de admirar que a pessoa que põe música alta no trem e fura o cano de descarga da moto seja a mesma que joga o papelzinho no chão. Os DJs são como os pichadores, mas sem o menor receio de serem vistos ou repreendidos. E o que pode ser feito daqui em diante não é pauta da Rio +20, nem será da Rio +40, mas os efeitos estarão ai, em direção a uma ditadura do barulho, onde manda quem tiver a caixa de som mais alta. Talvez a solução esteja na base, na educação de qualidade, então fica difícil acreditar numa melhora, sabendo do descaso deste país nesse campo.
19 de jun. de 2012
Para ser lido na Rio +40, parte 1?
Praça Mauá, Protestos múltiplos no centro, navio do Greenpeace lotado. Cadê os ônibus de SP? E os brinquedos da Coppe?
Posso falar que participei da Rio +20. Ainda que de forma casual fora dos dois maiores polos (Flamengo - Cúpula dos Povos e Riocentro), vi algumas coisas na Praça Mauá, com destaque paraa inserção na Amazônia e principalmente, o navio do Greepeace, enorme. Infelizmente a fila de 3 horas me desanimou, mas tinha coisas bem interessantes lá dentro, pena que nunca vo poder ver. A vista de lá de trás do armazém 4 é muito bonita, pegando toda a ponte e um monte de baía da Guanabara, pena ter procrastinado a liberação de espaço do cartão de memória pra fotos. Possivelmente nunca mais vo ver essa paisagem até porque o futuro dessa região é virar área de hotéis, tão realizando o Ponha Abaixo no Porto. Por sinal, o lado de fora estava péssimo, apesar do bom policiamento, lá ainda é o porto, e varias pessoas pelas ruazinhas com aparência cracuda me desestimularam a descobrir onde raios eu chegava na Presidente Vargas. E as ruas todas em cacos, com as obras e buraqueiras do Rodo do Eduardo Paes.
Vi ônibus de SP pela Linha Amarela, queria ter visto pessoalmente, mas acabou que não consegui, provavelmente estavam no Riocentro, poderia ter ido antes do evento iniciar oficialmente, mas não fui e, quando começou pra valer, com os chefões presentes (pois antes, só havia os diplomatas, possivelmente os que trabalharam nas propostas de fato), não tinha mais como acessar o evento paralelo, na Cidade do Rock, devido a engarrafamento e maior restrição no acesso de não VIPs...
Posso falar que participei da Rio +20. Ainda que de forma casual fora dos dois maiores polos (Flamengo - Cúpula dos Povos e Riocentro), vi algumas coisas na Praça Mauá, com destaque paraa inserção na Amazônia e principalmente, o navio do Greepeace, enorme. Infelizmente a fila de 3 horas me desanimou, mas tinha coisas bem interessantes lá dentro, pena que nunca vo poder ver. A vista de lá de trás do armazém 4 é muito bonita, pegando toda a ponte e um monte de baía da Guanabara, pena ter procrastinado a liberação de espaço do cartão de memória pra fotos. Possivelmente nunca mais vo ver essa paisagem até porque o futuro dessa região é virar área de hotéis, tão realizando o Ponha Abaixo no Porto. Por sinal, o lado de fora estava péssimo, apesar do bom policiamento, lá ainda é o porto, e varias pessoas pelas ruazinhas com aparência cracuda me desestimularam a descobrir onde raios eu chegava na Presidente Vargas. E as ruas todas em cacos, com as obras e buraqueiras do Rodo do Eduardo Paes.
Vi ônibus de SP pela Linha Amarela, queria ter visto pessoalmente, mas acabou que não consegui, provavelmente estavam no Riocentro, poderia ter ido antes do evento iniciar oficialmente, mas não fui e, quando começou pra valer, com os chefões presentes (pois antes, só havia os diplomatas, possivelmente os que trabalharam nas propostas de fato), não tinha mais como acessar o evento paralelo, na Cidade do Rock, devido a engarrafamento e maior restrição no acesso de não VIPs...
13 de jun. de 2012
Rio +20
ônibus de SP, coisas interessantes na Praça Mauá e no Flamengo e soldados nas passarelas (cadê motinha)
7 de jun. de 2012
Excluir pasta da Busca do Windows 7
Se você quer impedir que alguma pasta seja flagrada pela busca do Windows 7, ao digitar no Menu Iniciar, vá ao Painel de Controle e procure por Opções de Indexação.
Depois, clique em Modificar. Deve aparecer uma lista, na tela inferior da janela, de locais excluídos (deve ter alguns por padrão). Simplesmente adicione seu local lá.
Adaptado de http://www.sevenforums.com/tutorials/17854-index-locations-add-remove.html
Depois, clique em Modificar. Deve aparecer uma lista, na tela inferior da janela, de locais excluídos (deve ter alguns por padrão). Simplesmente adicione seu local lá.
Adaptado de http://www.sevenforums.com/tutorials/17854-index-locations-add-remove.html
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Quem sou eu
Raphael Fernandes
Carioca, Brasileiro, Estudante de Robótica
Hiperativo, Imperativo
Gosto de tecnologia, de transporte, de Rock, de reclamar e de propagandas criativas (e outras coisas que posso ter falado em um post ou não)
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