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1 de dez. de 2015

Direito dos Deficientes e novo clipe do Coldplay


A alegria da semana foi saber que a campanha contra o direito dos deficientes era realmente um plano de publicidade. Segui o link, na esperança que seria uma campanha usando psicologia reversa ou algo assim, para chamar a atenção e, no fim, sensibilizar as pessoas (um pouco como esta campanha contra o racismo). Assim que vi, não pode deixar de pensar na semelhança com o logo do Ubuntu.



Na página, depois do "sucesso" da campanha, a produção revelou a pegadinha, com o seguinte texto:
Nós sabemos que vocês ficaram chocados com as revindicações feitas pelo movimento.
E esse choque, é o nosso alívio.
O desrespeito que aconteceu na internet durou só um dia, mas as pessoas com deficiência enfrentam essa afronta todos os dias.
Esperamos que cada um que se revoltou, na internet, seja uma VOZ REAL na luta pelos nossos direitos. Que não se calem ao ver uma pessoa com deficiência sendo desrespeitada ou discriminada.
Denunciem! Não se revoltem somente nas redes sociais.
Uma excelente notícia. E pensar que deve ter realmente gente que pensa como a página supostamente pensaria...

Ainda esses dias, tive uma decepção com o José Serra (que seria meu candidato a Presidência se não fosse a politicagem em favor do Aécio como oposição "para ganhar"), que fez uma declaração infeliz sobre a abertura da Avenida Paulista, aos fins de semana, para pedestres.

Infelizes são os paulistanos! Dilma na presidência e Haddad na prefeitura. Vocês sabiam que os níveis de despreparo para governar de ambos se equivalem? Somos infelizes ao quadrado! Hoje, domingo, fui visitar um amigo que mora perto da Avenida Paulista. A avenida foi fechada pelo prefeito, para lazer. E fica vazia, obviamente. No entorno dela, congestionamentos monumentais. Na ida, demorei meia hora para cruzar a Paulista. Na volta, mais quarenta minutos para sair do engarrafamento. Pensando bem a comparação com Haddad é injusta para Dilma

Um pensamento reacionário e egoísta, que teve a infelicidade de citar um dia de chuva, onde as pessoas naturalmente iam preferir ficar em casa, como sendo um dia típico que justificasse sua visão de que a Paulista deveria ser consumida pelos automóveis... Até no domingo. Vamos relaxar, porque domingo é dia de descanso. Por mim, todas as grandes avenidas deviam ter sua faixa central dedicada aos humanos, "fechadas" para carros e abertas para caminhadas, bicicletas, skates, crianças e quem quisesse aproveitar o descanso ao ar livre, vendo a cidade por outra perspectiva. Aqui no Rio, ainda estamos longe do impacto da Avenida Paulista, mas a Avenida Rio Branco já está se encaminhando para ser aberta para humanos aos domingos, esticando o Parque do Flamengo até a Praça Mauá, uma atitude simpática (que provavelmente será castigada por reacionários) no meio de cagadas do nosso Prefeitinho (como acabar os ônibus, fazer o passageiro andar mais e pegar ônibus mais cheios). No vídeo a seguir, podemos ver como pode ser legal a ocupação da rua por humanos, aconteceu na Estrada dos Três Rios, na Freguesia.

Já Haddad me faz ter uma visão positiva do PT no mar de cagadas que o resto do partido anda fazendo com o país, em especial, no que se refere às falcatruas. Não gosto do PT, mas tenho que admitir quando alguém desse partido acerta. Inclusive, recentemente, fiquei satisfeito com a posição do Molon com relação à diminuição da maioridade penal e mais satisfeito ainda por concordar com ele e ver ele saindo do PT. E eu gosto do PSDB, e o Serra tem minha preferência como o melhor dos candidatos a candidato, por ter maior afinidade com o FHC, um histórico mais rico que o Aécio e não ter um posicionamento tão flertante com o reacionário quanto o Aécio, talvez seduzido pelo calor da oposição, ou talvez por ser assim já naturalmente. Entretanto, parece que esse fogo por odiar o PT expôs esse lado lamentável do Serra. OK, na hora da raiva do engarrafamento, podemos ser injustos. Mas, ele, como pessoa pública e, principalmente, formador de opinião, deveria dosar mais os lados positivos e negativos, como o Pirulla. Ele poderia fazer como o nosso Presidente Eduardo Jorge e ir de transporte público, o melhor candidato a presidente que esse país nunca elegerá.


No Rio, uma das obras olímpicas está parada porque acabou o dinheiro e a responsável pela obra está demitindo todo mundo. Ué, mas as obras das Olimpíadas não eram quase todas bancadas pela iniciativa privada? Acabou o dinheiro do Governo do Estado, acabou a obra olímpica? Não tá fácil pra ninguém! Vi no RJTV 2a Edição.

Mas chega de desgraça, saiu o novo clipe do Coldplay. Lembrei imediatamente de Roar, da Katy Perry.



Achei a música OK, pode ser meu senso crítico saudosista falando, mas fico com a impressão que o "A Head Full of Dreams" vai ser muito mais pop. Acompanhei a chegada do Mylo Xyloto e acabei não gostando tanto e, por outro lado, ignorei totalmente a chegada do Ghost Stories e, quando descobri que ele já tinha sido lançado, ouvi e gostei muito. Por sinal, ainda estou na vibe dele, então, provavelmente é mais um motivo pra ter um pé atrás com o A Head... E nunca serão A rush of blood to the head.

dlç
PS: Sem querer, achei outro clipe com macaquinhos. Public Enemy No. 1, do Megadeth.


22 de out. de 2014

O inimigo do meu inimigo é meu amigo

Não sou adepto das teorias conspiratórias, mas está cada vez mais evidente que o PSDB e o PT estão de mãos dadas. No primeiro turno, ambos tinham um inimigo comum: Marina, que tentava ser o algo diferente, o que faria sentido na "lógica black block" do ano passado. O que não faz sentido é uma população com desejo de mudança deixar ir ao segundo turno os dois últimos partidos a comandar o país.

De mãos dadas para derrubar Marina, cada um tinha seu interesse: o PSDB não queria deixar o posto de "alternativa" e o PT precisava manter seu inimigo fiel, e também manter o status de "alternativa". E conseguiram, no final das contas, dois projetos de governo praticamente idênticos, com enorme teor continuísta, se fazer de novidade.

Dilma conseguiu, ao chegar ao segundo turno com seu inimigo favorito, ficar com ares de heroína nacional na universidade, uma espécie de Che Guevara tupiniquim. A sensação que se tem é que o PT está no seu primeiro mandato, é como se estivéssemos em 2002, ingênuos, esperançosos e confiantes na mudança. Mas 12 anos se passaram, o pouco que se evoluiu (acho que a única evolução no país foi proibir fumar em recinto fechado) foi por atitudes isoladas ou pela loteria do pré-sal, a solução definitiva para tudo no país, a carta coringa, que, com 10% do seu faturamento investido em cada área de interesse, a conta não fecha. Outro fator é o próprio amadurecimento da democracia, apesar dos vexames regressistas da bancada evangélica e ruralista, ainda estamos aprendendo a lidar com a escolha.

Marina era o inimigo comum, e aparentemente, uns 95% da população deve realmente acreditar que só tinha 3 partidos ou que devia votar em X para eliminar Y. Não que eu goste da Luciana Genro, mas ficaria muito mais satisfeito se o segundo turno fosse ela contra o Eduardo Jorge do que essa situação que está aí.

18 de set. de 2014

Cotas na Publicidade

Um dos principais argumentos da defesa das cotas nas Universidades é a necessidade de integrar a população negra com a elite branca de maneira que essa elite "aprenda" que existem negros, que pode conviver com eles e que, no fim das contas, são iguais. Mas, por que começar essa correção histórica justamente nas universidades? O problema das universidades é que são totalmente baseadas na meritocracia e aí não é uma questão de ser o mérito uma maquiagem para o berço, isto é, supostamente se você não tiver nascido em um bom berço, de nada adianta se esforçar, sempre o sistema selvagem te puxará para baixo. Este é outro dos argumentos.


O problema de aplicar este argumento ao ensino é que a própria pesquisa - e, para quem não estiver familiarizado com o meio universitário, me refiro aos estudos de base para os quais a universidade (deveria) se dedicar - é baseada na meritocracia (mais sobre o assunto neste vídeo). Talvez (e provavelmente) as notas das provas na faculdade não sejam justas, mas é este é um dos modos como uma pessoa consegue oportunidades dentro da própria universidade. E, simplesmente, "colocar para dentro" um aluno despreparado só vai trazer decepções para o próprio aluno. Então vem a segunda parte da inclusão, a bolsa, para que o aluno não desista. Mas antes disso tudo, o aluno deve ser preparado para entrar na universidade com boas condições de estudo, e aí vem uma solução mais inteligente, os cursos pré-vestibular comunitários, onde professores da própria universidade e alunos de licenciatura ou outros cursos dão aulas gratuitas para alunos de favelas e conjuntos habitacionais próximos às universidades. 
Retirado do IBGE
Agora, se a intenção é mesmo tirar a imagem do negro de subproduto da sociedade, quero questionar: por que não criar cotas em outros lugares? Já há a questão da cota para concursos públicos, que acho mais inteligente que a das universidades, afinal, se o funcionário público é aquele com quem vamos ter que lidar todos os dias, então é justo dar uma "misturada". É justificado pelo primeiro argumento das cotas, aquele da integração. Mas o que me veio à mente foi a cota na TV. Por que os apresentadores, na maioria das vezes, são brancos? OK, pode ser argumentado que é o efeito em cadeia ainda da universidade elitista, os negros não conseguiram cursar jornalismo, etc. Mas eu acho que seria possível, sim, encontrar gente para preencher os postos numa possível cota para apresentadores e repórteres na TV.


Ainda na TV, que, apesar de seus muitos defeitos, ainda é a porta de entrada da informação para muita gente, por que não temos mais atores negros? Temos aí uma Malhação que só traz atores novos e sem experiência alguma, poderia dar uma chance aos jovens negros. Para quem assiste ao Doctor Who, da BBC, ao contrário das muitas séries americanas e novelas brasileiras, sempre tem atores principais,  coadjuvantes e figurantes negros. Isso é uma baita inclusão, até se compararmos a proporção de negros aqui (uns 50%, incluindo pardos) e lá (uns 4%). E, conforme o título deste ensaio, por que não na publicidade. Após uma série de propagandas, ua de bebês, todos branquinhos como a pomada, uma de celular pedindo a opinião de empresários, todos brancos e outras, fico me perguntando se uma lei, incentivando de forma sutil-porém-impositiva não seria interessante.


Por si só, a iniciativa das agências de publicidade e das empresas deveria existir e seria muito importante, mas, aparentemente, não há muito interesse ou sequer se pensa no caso. O que traz a pergunta: por que não pensam? Será que a discussão trazida para a universidade não está chegando à consciência do povo? Nesse ponto, acredito que a resposta seja sim, a universidade é importante, mas ainda não é tão visível para a população em geral, e acaba que a discussão fica também só no nível acadêmico. Então, são falhas na questão da meritocracia, no preparo do aluno e também na ampliação da discussão. Será que os profissionais de publicidade são tão alheios a esta discussão? E as empresas que os contratam? Acredito que não, acredito que simplesmente não se importam. Não no sentido de serem contrários, mas no sentido de não se importarem mesmo, não param pra pensar que eles mesmos podem dar sua contribuição. E, talvez na forma de uma lei de estímulo seja uma boa forma de tirar a inércia nesse sentido.

Não sei se esse discurso é real ou invenção, mas usar a imagem
dele para falar mal das cotas por si só já foi falacioso
 Por fim, por que não tem cota para negro para os cargos de vereador e deputado. Esses que são eleitos para serem os representantes do povo, fazem a lei e não dão o exemplo? Por uma câmara mais igualitária! Use o espaço abaixo para xingamentos.

22 de set. de 2013

Rock in Rio 2013 - dias 20 e 21

John Bon Jovi não é mais o mesmo ("só foi bom jovem"), sua voz não alcança mais os consagrados agudos, mas continua sendo um bom show. Tirando a bobagem da fã huebr que foi chamada ao palco, foi legal.

O Ivo Meirelles fez seu "protesto" com mascarados no palco. Ao contrário do Capital Inicial e do Detonautas, que se mostraram interessados na participação popular nos protestos, o Ivo sim me pareceu muito oportunista. Sobre o Capital e o Detonautas, transcrevo o que comentei na seguinte postagem no facebook.


O Dinho pode não se expressar bem, mas o Aborto Elétrico, quando ele ainda era uma criança, apanhou da polícia e fazia música de protesto. Então, pelo menos alguns membros [de sua banda] já protestavam (muito) antes de "ser modinha". Sobre o Detonautas, tb acho que estejam dando uma boa contribuição.


Já o Ivo já se envolveu em confusão pela presidência da Mangueira e nunca demonstrou estar preocupado com os problemas de sua comunidade ou da política em geral. E, sobre o Jota Quest, não acho que estejam lá muito ligados com a situação política do país, mas lembrar o acontecido já é um bom caminho para lembrar às pessoas (não só as que estavam por lá, mas todas as milhares de pessoas acompanhando pela TV e internet) que é preciso manter-se ativo. Autopromoção? Talvez, mas melhor que fazer campanha em defesa do Genuíno.

É bom lembrar que no dia 21, houve a participação do único presente em todas as edições: Pepeu Gomes (não consegui descobrir se são só as edições no Rio ou todas todas mesmo, porque minha fonte era um tweet). E, hoje, 14:30, estarei com a TV ligada no #Multishow para acompanhar o André Matos! Hoje é o dia que eu iria, se tivesse sido sorteado com uma conexão bem sucedida entre meu computador e o servidor do Rock in Rio.

19 de set. de 2013

Projeto para filhos de políticos estudarem em escola pública


Existe um projeto, de 2007, do senador Cristovam Buarque, que pretende forçar todos os políticos a colocarem seus filhos em escolas públicas. O projeto, de número 480, infelizmente, é inconstitucional (aparentemente, fere algumas das liberdades de escolha do cidadão que é o deputado porque, aí sim, ele se põe como cidadão comum), mas também o é o projeto de proibir máscaras (a mesma liberdade de escolha), então, seria uma grande importância que, em prol de um bem maior, essa inconstitucionalidade fosse posta em prática.

Um primeiro ponto, mais óbvio, é de que, ao matricular seu filho numa escola pública, o servidor vai se esforçar mais para que ela seja boa, no que estiver à altura do seu mandato. Pode ser que todos os deputados combinassem de matricular os filhos numa escola específica ou que criassem cotas para seus filhos nas escolas públicas boas. Mas isso seria muito pior para a opinião pública do que simplesmente esquecê-las, então, uma vez obrigado a usar a escola pública, ele ia ter que usar escolas sem nenhum privilégio desses, pois seria admitir que o sistema é uma porcaria – e isso, eles não admitem.


Mas, além disso, é usando o serviço que se sabe onde melhorar e o que está acontecendo durante o caminho entre o escritório e a prática que não corresponde às mirabolantes propagandas políticas. Até se admitirmos que os políticos tem boas intenções com a educação, muitas vezes ele se convence que o que ele faz é suficiente, sem nunca descobrir, na outra ponta do serviço, que o mesmo não é bem prestado. Esse é um problema típico no Brasil (talvez seja um problema de administração pública, em geral, mas só conheço o Brasil): há um distanciamento entre a administração e o usuário, talvez até reflexo da baixa representatividade dos poderes políticos com relação às demandas da população. O administrador confia tanto nas suas planilhas que ignora os clamores de quem realmente usa. Vou dar um exemplo sobre o sistema do BRT do Rio. O secretário de transportes diz que é um sistema de transporte de massa, que é normal ficar cheio. Pode até ser (embora pudesse ser mais eficiente, mas isso é papo para outro post), mas, e se ele próprio tivesse que entrar no BRT para ir e vir do trabalho? Será que não pensaria em alguma maneira de otimizar o serviço, mesmo com as limitações que tem hoje? A inspiração para uma solução economicamente viável viria com o amasso da viagem ou as longas filas. Eu mesmo nunca saberia de alguns problemas do BRT se não tivesse usado, como por exemplo, as linhas paradoras e a necessidade de baldeações. No alto de seus escritórios, nas suas planilhas, é muito confortável para o usuário ir rápido no BRT, sem contar com tempos perdidos de demora, de baldeações que poderiam ser mais práticas, entre outros motivos. É usando que se vê a realidade do serviço, o problema é que o usuário, em geral, não tem capacidade de dar sugestões de melhora (daí os protestos serem como gritos desocorro) e aqueles que podem melhorar não usam o serviço.


Mas o projeto do senador Cristovam Buarque prevê ainda uma outra vantagem que eu mesmo não tinha me notado. Quem paga a escola privada de qualidade do poder somos todos nós. Através de descontos em impostos e mesmo auxílios pagos, dinheiro nosso (uns 12 milhões por mês, segundo o projeto) vai sendo usado para dar qualidade de ensino... Aos politicos.

 
Entendo que o projeto poderia se espalhar por todos os serviços públicos, isto é, que o político também fosse obrigado a usar o hospital público e o transporte público. O projeto encontra-se disponível para leitura no site do senado, está apresentado nas figuras ao longo deste texto e está transcrito abaixo. Que cartazes com “Pelo projeto 480” se levantem nos protestos daqui pra frente.

-x-

Projeto de Lei do Senado, número 480 de 2007

Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matriculares seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas. Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.

Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.

Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais - vereadores. prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-govemadores, Presidente e Vice-Presidente da República - deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoras.

O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:

a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;

b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a ediicação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.

c) financeiro: evitará a “evasão legal” de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;

d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.

Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações - uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo -, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.

Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.

16 de Maio de 2007
Senador Cristovam Buarque

(Às comissões de Constituição, de Justiça e Cidadania e de Educação, cabendo à última a decisão terminativa.)

Publicado no Diário do Senado Federal, de 17/08/2007

28 de out. de 2012

Darcy Ribeiro, o mito

"O que eu tenho para o brasil é exaltação de sentir de tudo que ele pode ser, vai ser, há de ser e de tudo que ele ainda não é. Eu te­nho pena de nos meus anos, eu fiz tudo para o Brasil dar certo, eu tenho pena de que eu ando meio doentinho e posso até morrer e ficam vocês encarregados de fazer esse país, mas façam sem copiar ninguém, com as potencialidades do nosso povo, poten­cialidades que são imensas, com uma civi­lização tropical e uma civilização mestiça e sobretudo uma civilização humana que herdou dos índios essa capacidade esse talento para o convívio, dos negros essa espiritualidade e dos europeus a tecnolo­gia e a sabedoria européia. Nós estamos prontos para ser uma das civilizações do mundo."

"Com certeza, tive mais derrotas que vitórias, mas isso não tem problema; pior seria estar ao lado dos vitoriosos dessas batalhas."

O mais irônico e curioso é a TV Senado apresentar esses programas de qualidade enquanto:
a) Os Senadores eleitos são uma vergonha
b) O povo assiste à Globo
c) Os reclamões de facebook reclamam de quem assiste à Globo, mas tampouco contemplam a programação cultural da TV Senado e TV Brasil

Eu acho que a burrice e a corrupção se realimentam, mas um professor meu disse que já pensou assim, mas atualmente pensa que é uma característica inerente do brasileiro: a pouca preocupação com a educação. Acho isso muito determinístico, e a minha visão, apesar de pessimista, prevê uma esperança se o ciclo se romper alguma vez...

6 de out. de 2012

Por que eu abandonei o Voto Nulo

Este post não defende candidato específico e é recomendável a leitura com a mente aberta. Se sua mente está fechada como de torcedor de futebol, quer para o voto nulo, quer para o candidato X, a leitura é perda de tempo.


No começo das eleições, estava convencido a votar nulo. Desiludido com a política e a falta de opções, percebendo que meu voto não vai decidir nada, que existem massas de manipulação com poder de voto muito maior que o meu, votaria nulo, mas não como protesto ou forma de "anular a eleição" - até porque voto nulo não anula eleição. Mas meu voto nulo era apenas porque tanto faz, não faço a menor diferença para o sistema. E, o sistema baseado em tempo de televisão, marketeiros e cabos eleitorais, perde toda a essência da "Sabedoria das Multidões", já que, ao contrário do conceito de sabedoria das multidões, estas eleições são influenciadas. Se fosse um voto com campanhas em iguais condições e sem vetores eleitorais, talvez o voto da maioria fosse digno. Ou pelo menos, seria um erro ajustável. Individualmente, somos burros para escolhas, mas, coletivamente, podemos fazer boas escolhas. Entretanto, não é o caso. E vou explicar brevemente os conceitos de vetores eleitorais e voto ponderado.

O perigo de juntar marketing e democracia
Como a eleição é injusta, quer nos tempos de televisão, quer no acesso ao dinheiro, temos disparidades. Além disso, existem pessoas com o poder de influenciar voto. Algumas não deveriam influenciar, outras não deveriam se deixar influenciar e há muita coisa suja nesses meio termos. Aí entra o conceito do Vetor Eleitoral. Um vetor eleitoral consegue formar uma massa de votos. Por exemplo, um pastor pode influenciar seus fiéis a votar em determinado candidato. Ele tem uma boa ponderação eleitoral, vamos dizer que o voto do pastor vale 100. Este voto ponderado equivale às 100 pessoas que ele conseguiu convencer a votar no seu candidato. Digamos que eu consiga convencer  minha mãe a copiar meu voto, tenho uma ponderação de 2... Pífio perto dos altos coeficientes alcançados por aí...

Há muito mais sujeira que um simples "Eu apoio" no Cavalete, vide pedágio pra campanha em favelas
Então, fiquei convicto que meu voto valia porcaria nenhuma. Mas venho criando esperanças numa melhora lenta e gradual da democracia, temos aí figuras como Jean Wyllys e Cristóvam Buarque pra nos encher de esperança e levo fé que as redes sociais, a estabilização da democracia (ainda temos muitos eleitores dos tempos da Ditadura e a adequação desse público leva um tempo) e o amadurecimento possam melhorar o voto. Mas, ainda assim, meu voto, neste momento é inútil... Não vale um décimo do voto do ignorante da favela... Foi então que comecei a enxergar uma forma de protesto melhor que o voto nulo.

Recebi no Facebook
Não que meu voto nulo fosse de protesto, como disse anteriormente, era mais de indiferença do que de protesto. Porém, encontrei uma saída mais inteligente: o voto no último colocado das pesquisas. O primeiro argumento é que, para este candidato, eu sou muito mais importante que para o primeiro colocado, que possui um curral. Porque, percentualmente, eu represento uma faixa muito maior para o candidato "fraco" do que para o "forte". Em segundo lugar, como meu voto não faz diferença, ele não vai ganhar por isso, mas, melhor que o voto nulo, este é um voto que é realmente validado, e ajuda a atrapalhar a vitória no primeiro turno.

Melhor ainda seria se houvesse uma mobilização coletiva. Os votos brancos e nulos representam 8% numa pesquisa de intenção de voto aqui no Rio. Se todos se mobilizassem pra votar no último, ele estaria em terceiro nas pesquisas, mesmo que só 50% dos votos nulos fossem herdados por ele... E isso provocaria um rebuliço danado nos partidos tradicionais e poderes paralelos. Voto nulo não anula eleição, mas um último colocado, que nunca é ouvido em debates e entrevistas, disputando um segundo turno seria algo espetacular. Ele provavelmente seria detonado pelo marketing dos candidatos de ponta, que são preparados para receber qualquer pergunta e refutar. Entretanto, o candidato do "voto nulo" teria a genuinidade e o "nada a perder" a seu favor. É uma proposta interessante e acho que deveria ser incorporada. E está bem claro que uma mobilização pode acontecer. Tenho dois exemplos que ilustram isso.




Temos o grupo VOTE NULO no facebook, com mais de 7 mil simpatizantes, com algumas pessoas fazendo comentários de desilusão com a política e outras, simplesmente sendo odiadores (haters) e que querem protestar. É uma idéia legal pelo fato de unir por um ideal, mas acaba que ninguém é mente aberta e caímos no problema do torcedor de futebol. Tem o cara que sempre vota no PT, independente dos fatos, o que apóia o PMDB mesmo com toda lama e o que vota nulo, mesmo tendo esses lamacentos próximos de ganhar no primeiro turno. Gostaria de argumentar com eles que o verdadeiro voto de protesto é aquele que impede o ladrão de assumir, ou pelo menos dificulta as coisas.




O outro exemplo se refere ao voto de sacanagem, com o qual também não se consegue uma melhora. Tivemos aí Dr. Eneas, Clodovil e Tiririca eleitos com números récordes de voto... O problema é que esse voto de sacanagem acaba por eleger gente ruim por fora, por conta do famigerado Coeficiente Eleitoral. Exceto pelo Dr. Eneas, os outros dois eram de partidos classicamente safados (PP e PL, atual PR, se não me engano), ou seja, ajudaram gente suja a se manter no poder. Já Dr. Eneas estava dentro do que eu defendo, era um clássico disputador de eleições que só estava ali pra pentelhar e acabou ganhando. Calhou dele morrer e nunca sabermos o que diabos ele ia fazer, mas os outros membros do partido dele se mostraram safados e foram pra algum partido safado após sua morte. Mas a idéia é por aí... Se os que estão no poder só fazem merda, que tal colocarmos gente que nunca foi eleita? Ou melhor, partidos que nunca foram eleitos. E, se de repente, tivéssemos um PSTU, um PPL, um PCO no segundo turno...

Acredito que, depois da Ficha Limpa, uma coisa do bem, e a mobilização pelo voto nulo, algo inútil, uma mobilização para eleger "surpresas" seria algo muito interessante de se ver, colocando em cheque esquemas e currais eleitorais.

Partidos, Legendas e Números

SiglaNúmeroSignificado
PRB10Pastores Retardados e Beatas
PP11Partido da Propina
PDT12Perseguidos Detonados pela Televisão
PT13Partido da Tramóia
PTB14Partido da Trambique e Baixaria
PMDB15Pessoas Mascaradas Derrubando o Brasil
PSTU16Protestos Sem Terminar a Universidade
PSL17Partido do Suborno e Lavagem
PTN19Partido do Trambique Negociável
PSC20Partido Sem Caráter
PCB21Partido Combustível e Bombardeio
PR22Pastores Reunidos
PPS23Partido Populista Solitário
DEM25Desgraçados Ex-Militares
PSDC27Partido da Safadeza Desculpada por Cristo
PRTB28Partido Ridículo Trambiqueiro e Burocrático
PCO29Partido do Caos Onipresente
PHS31Preconceituosos contra Homo Sexuais
PMN33Partido Mutreta e Negociação
PTC36Partido Treta e Corrupção
PSB40Partido Sem Bagagem
PV43Partido Vacilão
PRP44Partido Representatividade Pouca
PSDB45Partido dos Sacripantas Derrotados Brasileiros
PSOL50Partido Somente Oposição e Levante
PEN51Partido Errei o Número
PPL54Partido Pouco Lembrado
PSD55Partido Sem Descrição
PRONA56Partido Revolucionário da Ogiva Nuclear e Afronta
PCdoB65Partido Canalhas do Brasil
PTdoB70Partido Traficantes do Boréu

Significado Sincero das Siglas dos Partidos (o mais próximo do real possível)

17 de set. de 2012

Calma: a longo prazo melhora, se Deus permitir

Ainda tenho esperança das coisas melhorarem. Você pode estar pensando que eu, de repente, virei um otimista, mas não. Digo que pode melhorar porque acredito no acesso à internet e às redes sociais. As pessoas, atualmente, se contentam com o lixo, aceitam - e até se orgulham disso - serem ignorantes e continuam votando mal. Elegeram Collor, Garotinho, Eduardo Paes... E eu ainda tenho esperança.

Muito além de ver carinhas de memes e tolices da internet, as redes sociais são um incentivo à discussão de idéias. Tudo bem que a maioria das discussões seja irracional e acabe como "facefight", mas é uma forma fácil de espalhar uma idéia, esmiuçá-la, se for do interesse. Substituindo os antigos panfletos, que tiveram sua utilidade em 1800 e antigamentes e a imprensa, as redes sociais têm a capacidade de notificar uma população, de mover idéias e de facilitar o acesso à informação. Apesar de muito tempo na internet ser usado apenas para bobagens, ainda é uma boa fonte de consulta. Ainda que tenha seus problemas de fontes confiáveis: não podemos confiar em tudo que achamos no Google, mas, usando-se a sabedoria das multidões, pode-se filtrar o que é calúnia e o que é fato. A menos que arrumem um jeito de manipular - e estão tentando - é a maneira mais promissora da crowd knowledge.

O povo é sábio, na média. Desde que não haja interferência na sua ignorância. O problema da democracia atual reside no fato de que é influenciada pela mídia , que não atua mais como uma passadora de informação, mas atua na informação. Além disso, o sistema utilizado no Brasil envolve tempo de televisão desigual para candidatos e o obscuro sistema Coeficiente Eleitoral, no qual pessoas que sequer sabem fazer conta ou cantar o hino nacional são supostas capazes de entender. Como podem reclamar de um sistema que nem entendem? Mas a questão toda é que, por mais que as pessoas sejam estúpidas e "ingênuas", elas não vão se contentar com o lixo para sempre. Pouco a pouco, a exigência vai se tornando maior. Como disse, as redes sociais são uma esperança de tornar a troca de informações mais eficiente. E, pouco a pouco, as pessoas vão se dando conta de que a vida delas não é uma festa.

O problema está no fato de que é um processo muito lento e o Brazil te um histórico de ditaduras. As ditaduras sempre foram aclamadas pelo povo que, em sua ignorância, bate palmas para a falta de liberdade. O processo de exigência maior (se refletindo num voto mais consciente) não pode ser atrapalhado por uma ditadura, e este é o perigo. Temos um ambiente muito favorável para uma Teocracia, com direito a forte intolerância, perseguição a "diferentes e sem bases concretas. A religião conseguiu acabar com todo o avanço cultural e científico dos árabes (sim, eles inventaram os nossos números e hoje se explodem) e deixar este país na miséria seria molezinha. Esta é minha preocupação.

Nossos problemas não serão resolvidos em uma eleição. Vamos continuar fazendo cagada, mas cada vez serão cagadas mais estilosas, a exigência vai subir aos poucos e a renovação da política vai se dar com o apoio das redes sociais. Em breve, com câmeras de bolso e denúncias espalhadas pela rede, a tolerância com o político fazendo o errado vai diminuir à medida em que o conhecimento e o impacto de que o que ele fez aumentará. Então, que Deus nos livre de uma Teocracia e que o processo da democracia, ainda que gradual e lento, vá substituindo medalhões das artimanhas políticas e povo ignorante, por líderes dignos eleitos por um povo exigente. Talvez seja esse o caminho de quebrar o círculo.

6 de jul. de 2012

Começou a Palhaçada

Ainda estou em dúvida se voto nulo ou se mantenho minhas eternas esperanças que meu voto vai adiantar alguma merda nessa eleição, dominada por panelinhas, joguinhos, manipulação, entre outros. Do que adianta meu voto, se o tapado na favela vai ter memória curta. Mas gostaria que o Otávio Leite ganhasse, ele me parece ser alguém que fez algo de concreto e, se tem bandeira pelos deficientes, já é alguma coisa no sentido de fazer mudanças efetivas na cidade, em vez de fazer obras faraônicas (Metade da Música, derrubar a Perimetral, etc), já está além de fazer pracinhas... Infelizmente, o carioca tem o eduardo paes que merece, sendo que ser prefeito desta cidade é um prêmio dos bons para quem for mais bandido, mais malandro: é uma cidade com alto custo de vida sem investimento público... Perfeito para um governante, não é? Você caga toda uma cidade, exceto, eventualmente, uma parte pequena, recebe bastantes impostos, paga-se caro para comer, estacionar, se locomover (metrô e ônibus/bilhete único são dos mais caros do país) e a diferença? Bem, a diferença vai para o esgoto dos cérebros dos ouvintes de funk que votam nesse país. Tinha que separar em três mesmo, essa cidade. O Rio fica com Zona Sul, Centro e grande Tijuca ... Barra, Jacarepaguá e São Conrado viram um novo município (sim, existe isso), pega ai o outro lado da Zona Oeste e vira um terceiro e dá o resto pra Nova Iguaçu . Já tá irreversivelmente cagado (talvez desse pra criar o município da Ilha do Governador, ou simplesmente doasse pra Caxias). Ao menos, íamos ter três lugares para receber os eventuais investimentos, três zonas suis, em vez de ter uma só, com um município só. 


Apesar de totalmente desiludido, ainda tenho algum pingo de esperança (sou um eterno otimista), então tenho ai três meses para decidir se levo um dado pra urna ou se voto 45 (ou 54). Uma pena ter tanto imbecil no mundo, bando de filho da puta. E, para não perder o costume, vamos nosso governo e nosso estado que não é nação...

23 de jun. de 2012

Para ser lido na Rio +40, parte 2

Um outro sentido

Estamos celebrando, esses últimos dias, um evento de escala mundial que talvez esteja se encaminhando para ser uma reunião sem muitos resultados concretos, dentro da área proposta. Mas ainda assim, acho válido pela exposição, pela presença, pelos eventos paralelos, pelos protestos. Me deu a sensação de foco do mundo, ao contrário do Pan, que não me deu a sensação de ser algo realmente grandioso.

Os assuntos foram vastos, mas, principalmente, o conceito polêmico do desenvolvimento sustentável. E o foco foi principalmente a poluição do ar, na forma das fumaças industriais, dos automóveis (parênteses para os ônibus a diesel enquanto na Rio 92, eram a etanol para as delegações) e das fontes geradoras de energia. Ainda que o aquecimento global seja uma fase natural do planeta, e que tenhamos petróleo para os próximos anos, é fato que precisamos desenvolver as alternativas. É fato que as metrópoles possuem baixa qualidade do ar - e, de forma geral, baixa qualidade de vários quesitos dentro do conceito de sustentabilidade. Gostaria, então de abrir aqui um campo de poluição que, embora pareça ser menos agressiva, é de grande importância na qualidade de vida e pode, sim, estar afetando o dia-a-dia da população, ainda que de forma indireta: trata-se da poluição sonora.

Vem se falando muito da poluição do ar e dos mares nesses últimos dias e esta é uma atitude louvável, já que são assuntos geralmente colocados em segundo plano e que, pelo menos por enquanto, crescem em seu conceito. Até mesmo foi falado da poluição visual, com o prefeito correndo para sumir com os outdoors da cidade, ou pelo menos a parte “para-inglês-ver” dela, também com postos de gasolina. Só que não podemos nos esquecer da poluição sonora: da busina nossa de cada dia e tudo mais. Esta poluição, que, embora não seja um suposto fator para a elevação da temperatura dos mares e derretimento das calotas, vem elevando o nível de stress - e isso mata, sim. E o que se vê por aí é uma banalização dos barulhos. A busina é o exemplo mais óbvio: o que era para ser apenas um alerta de trânsito e dá multa se utilizada de forma banal, virou uma constante, e, mesmo que em situações em que se espera uma maior tolerância e maior pudor com o uso, como em áreas de escolas e hospitais, não há diferença. Então você busina para empurrar o condutor da frente, criando um ambiente de pressão e a tensão cresce até que um acidente pode acontecer.

Outro exemplo óbvio reside na portabilidade de celulares e afins, permitindo qualquer barulhinho em público. Algumas vezes, estou em transporte público e pareço no meio da bolsa de valores, com tanta gente falando no celular. Resultado dos planos cada vez mais baratos, da concorrência. O que devia ser uma vantagem acaba se tornando um tormento para o espaço compartilhado. E, quando você está tranqüilo, olhando pela janela, de repente, vem um alerta daquela operadora escandalosa. Me pergunto se não há uma maneira de diminuir o volume. A cereja do bolo, porém, é a música no viva voz. A meu ver, muitas pessoas fazem isto já sob influência do ambiente tenso das metrópoles. Há uma necessidade de passar a tensão adiante. Isso cria stress, isso traz doenças. E isso cria monstros.

Existem, ainda, outras formas de transtorno: helicópteros e aviões, ônibus e caminhões, esses de necessidade de logística da parte dos governos para diminuir os transtornos. Os efeitos na pessoa vão do já citado stress, provocando taquicardia e gastrites, mas, além disso, prejudica a audição, ao ser exposto diretamente a uma fonte de ruído, como britadeiras, ou indiretamente, usando fones de ouvido com volume alto para esquecer do mundo lá fora; diminui a atenção; provoca insônia.

A poluição sonora provoca uma situação de tensão nas metrópoles e, muitas vezes, atitudes simples e um pouquinho de autocontrole seriam suficientes para aliviar essa tensão. Não é de admirar que a pessoa que põe música alta no trem e fura o cano de descarga da moto seja a mesma que joga o papelzinho no chão. Os DJs são como os pichadores, mas sem o menor receio de serem vistos ou repreendidos. E o que pode ser feito daqui em diante não é pauta da Rio +20, nem será da Rio +40, mas os efeitos estarão ai, em direção a uma ditadura do barulho, onde manda quem tiver a caixa de som mais alta. Talvez a solução esteja na base, na educação de qualidade, então fica difícil acreditar numa melhora, sabendo do descaso deste país nesse campo.

1 de nov. de 2010

DIlma/É, Não Deu/Oooooo Zé Dirceu voltô

Apesar de toda a minha torcida contra e do apoio do Mick Jagger, a Dilma foi eleita.


Mick Jagger approves... Mas nem assim!

Agora, é torcer, sinceramente, que, por ser mulher, consiga um governo mais organizado, que não haja nenhum sufoco à imprensa (tendo em vista que a mesma vai estar em cima cobrando os casos de corrupção que já estão aí e os que estão por vir, já que isso não deve mudar mesmo, a turma é a mesma!)

Turma da Dilma: dá pra acreditar em mudança com amigos assim?

Se for igual à Michelle Bachelet, tá ótimo. O Chile me parece o melhor país da América Latina, pena que seja na borda do mundo, tudo que constrõem tem que ser reconstruído a cada terremoto. O Brasil não tem isso. Que ironia. Por fim, espero que a Dilma não morra porque se ela morre, vamos ter como presidente ninguém menos que Michel Temer!

*ao som de Dream Theater (Finally Free e Forsaken)

28 de out. de 2010

Caralho, o presidente da Argentina morreu

E dessa vez não soube pelo twitter (como a morte do Restart, do Faustão e, essa real, do Dio), mas pela televisão. Mas vim aqui para falar brevemente de liberdade. Bom, poderia fazer um link com o Néstor Kirchner, falando o que ouvi hoje na têvê sobre o autoritarismo típico do peronismo (fuckyea hein), mas não. Vou apenas sugerir abruptamente: a Dilma vai ganhar e estamos fudidos!

Bom, hoje tive a seguinte linha de raciocínio. Lembrei do que li na internet sobre a letra do Faroeste Caboclo (que você pode conferir aqui você pode querer tatuar também, aí sim hein), que havia sido censurada por linguajar chulo, ainda na época do Aborto Elétrico no finzinho da ditadura. Então pensei, hoje em dia, com funk tão popular, o que seria considerado linguagem chula? Se houvesse uma ditadura, realmente as pessoas parariam de ouvir funk? Então me perguntei se as pessoas poderiam ou não deixar de aceitar uma ditadura. Não creio que as pessoas de 64 tivessem ficado muito felizes, mas não sei exatamente as circunstâncias. Se a maioria queria liberdade, dificilmente iam ser impedidos, a ditadura não podia matar toda a população. Provavelmente hoje, o funk viraria um movimento pela liberdade, o que seria uma palhaçada (e como já é, o movimento "cultural" do funk que quer ser admitido como parte da nossa cultura, para driblar o "preconceito" das pessoas. Sempre rola aquela comparação com Noel Rosa e Cartola, vou deixar duas letras para fins de comparação (tirem suas próprias conclusões) (eu sei que ainda estou dentro de um parênteses, sabe como? eu giro o pião e ele não cai):

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.

Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés
(Cartola)

E, agora, o movimento cultural dos anos 90/2000, o fanque carioca:
Piririn, piririn, piririn
Alguém ligou pra mim
Piririn, piririn, piririn
Alguém ligou pra mim
Quem é?
Sou eu Bola de Fogo
E o calor ta de matar
Vai ser na praia da Barra
Que uma moda eu vou lançar
Vai me enterrar na areia?
Não, não vou atolar
Vai me enterrar na areia?
Não, não vou atolar
(de Fogo, Bola)

Por isso que eu digo, funk bom tá aqui ó: http://www.youtube.com/watch?v=0XifYy3Ihv0&feature=autofb

fecha parênteses). As pessoas lutariam contra a ditadura, não pra poder xingar muito no twitter, mas para mostrar a bunda no Castelo das Trevas? Não sei, o que quero dizer é que é muito pouco provável que se consiga tirar a liberdade, uma vez que nos é dada. Porém, eu tenho essa impressão vivendo, desde o nascimento (Pede pra sair), em uma "democracia" com liberdade de expressão, de ir e vir e essas coisas. Então, sou suspeito, pode ser que as coisas sejam mais sinistras.

Então, sigo com medo. Medo do que vem por aí, medo de perder minha liberdade, de perder a capa do Meia Hora, principalmente, medo de perder as informações (eu sei que já são manipuladas, mas seriam manipuladas de maneira favorável ao governo, o que não é nada bom. AS pessoas também reclamam muito da parcialidade dos jornais, acho que deviam ter senso crítico, em vez disso. Mas nossa cultura é de crer em tudo demais e questionar de menos, talvez herança dos militares?) dos jornais, televisão, internet... A internet, por sinal, é algo que me faz crer que seja impossível recompor o controle total. Na China o Google foi controlado (não sei se ainda é, uma vez li que o Google queria largar a China por este motivo), mas aqui já estamos avançados. Milhões de blogs, twitters, faceboqueteiros espalhados por este país dispostos a xingar muito. A Criticar. A fazer correntes e encher o polimail.

O fatoé: não voto na Dilma nem fudendo. Pra que se arriscar. E não sou um idiota sozinho. Veja o que um fundador do PT disse após ler esse post (é mentira que ele leu o post, óbvio, mas minha opinião se reflete em algumas coisas que ele disse):






Pseudo-twittadas do dia:
Bem, após uma criança olhar pra mim e falar para a pessoa que estava com ele: Olha, não parece o Fiuk? fiquei com uma facepalm e uma vontade louca de twittar isso, mas não, eu tenho um blog, pra que twitter. Twitter is dead!

Nestor Krichner morreu. Notícia que dá o nome ao tópico. Soube pela TV, sabe por que? Por que, em algum momento, o programa de pós-graduação em Física marcou a reunião para hoje, dia do Funcionário Público,para evitar que os professores tivessem que perder aula, porém o feriado foi transferido para o dia primeiro de Novembro, já que todo funcionário público é santo, fazendo o dia de Todos os Santos (ali, perto da Novo Rio) e dos Funcionários Públicos. Então, não teve aula de Física de Semicondutores e pude dormir pra caralho (na verdade acordei 7 e meia e fiquei muito frustrado quando vi a hora, com a sensação de que podia dormir mais. Me esforcei para chegar atrasado na aula de 10 horas, mas só consegui 10 minutos de atraso). Acordei e vi a notícia no Bom Dia Brasil, acompanhado do barulho constante e oscilatório de um helicóptero o qual gravava imagens, conforme descobri no RJTV de agora de noite, da mansão da mulher do Elias Maluco, aqui no bairro onde eu moro, no qual 1/3 das pessoas moram em favelas, 1/3 são pagodeiros, mulher de bandido e pessoas ricas que por algum motivo não moram na Barra nem na Taquara e 1/3 de figurantes (na verdade, classe média, pessoas que não fazem a menor diferença pro governo e pro noticiário).

Talvez a inspiração para este post, a força de vontade em estudar durante as aulas e tirar dúvidas e meu estranho bom humor e desvio de pensamentos maloqueiros sejam fruto da excelente combinação Beneath the Remains+Pílulas+DOrmir bastante. Amanhã tem Luiz Wagner (vendo o lado positivo de amanhã).

Faltam 10!

*ao som de Sepultura (Sarcastic Existence, Slaves of Pain e Lobotomy) - gostei em especial da Sarcastic Existence, esse Beneath the Remains faz milagre acontecê!

4 de out. de 2010

Por que eu não voto na Dilma / Lista de deputados eleitos RJ

Artigo do Jornal Globo de hoje, na seção de opinião resume os motivos para eu não votar na Dilma. Existem também motivos para não votar no Serra, mas acho que é mais arriscado colocar a liberdade em jogo.

Clique para ampliar




Lista de deputados eleitos (Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/10/04/confira-lista-de-deputados-federais-estaduais-eleitos-pelo-rio-922694433.asp)

Deputado federal

1 - Garotinho (PR) - 694.862 (8,69%)

2 - Chico Alencar (Psol) - 240.724 (3,01%)

3 - Leonardo Picciani (PMDB) - 165.630 (2,07%)

4 - Vitor Paulo (PRB) - 157.580 (1,97%)

5 - Eduardo Cunha (PMDB) - 150.616 (1,88%)

6 - Romário (PSB) - 146.859 (1,84%)

7 - Jandira Feghali (PCdoB) - 146.260 (1,83%)

8 - Alexandre Cardos (PSB) - 142.714 (1,78%)

9 - Washington Reis (PMDB) - 138.811 (1,74%)

10 - Alessandro Molon (PT) - 129.515 (1,62%)

11 - Jair Bolsonaro (PP) - 120.646 (1,51%)

12 - Pedro Paulo (PMDB) - 105.406 (1,32%)

13 - Arolde de Oliveira (DEM) - 99.457 (1,24%)

14 - Filipe Pereira (PSC) - 98.280 (1,23%)

15 - Hugo Leal (PSC) - 98.164 (1,23%)

16 - Dr Aluizio (PV) - 95.412 (1,19%)

17 - Rodrigo Maia (DEM) - 86.162 (1,08%)

18 - Luiz Sérgio (PT) - 85.660 (1,07%)

19 - Julio Lopes (PP) - 85.358 (1,07%)

20 - Otavio Leite (PSDB) - 84.452 (1,06%)

21 - Stepan Nercessian (PPS) - 84.006 (1,05%)

22 - Andreia Zito (PSDB) - 82.832 (1,04%)

23 - Marcelo Matos (PDT) - 80.862 (1,01%)

24 - Simão Sessim (PP) - 77.800 (0,97%)

25 - Rodrigo Bethem (PMDB) - 74.312 (0,93%)

26 - Sirkis (PV) - 73.185 (0,91%)

27 - Adrian (PMDB) - 72.824 (0,91%)

28 - Alexandre Santos (PMDB) - 72.822 (0,91%)

29 - Ezequiel (PMDB) - 72.589 (0,91%)

30 - Benedita (PT) - 71.036 (0,89%)

31 - Sergio Zveiter (PDT) - 65.826 (0,82%)

32 - Miro Teixeira (PDT) - 63.119 (0,79%)

33 - Glauber (PSB) - 57.549 (0,72%)

34 - Francisco Floriano (PR) - 57.018 (0,71%)

35 - Edson Santos (PT) - 52.123 (0,65%)

36 - Bittar (PT) - 51.933 (0,65%)

37 - Walney Rocha (PTB) - 51.203 (0,64%)

38 - Dr Adilson Soares (PR) - 51.011 (0,64%)

39 - Zoinho (PR) - 44.355 (0,55%)

40 - Felipe Bornier (PHS) - 44.236 (0,55%)

41 - Neilton Mulim (PR) - 41.480 (0,52%)

42 - Dr Paulo Cesar (PR) - 33.856 (0,42%)

43 - Liliam Sa (PR) - 29.248 (0,37%)

44 - Aureo (PRTB) - 29.009 (0,36%)

45 - Paulo Feijó (PR) - 22.619 (0,28%)

46 - Jean Wyllys (PSOL) - 13.018 (0,16%) (lol é aquele cara do BBB? se for,)

Deputado estadual

1 - Wagner Montes (PDT) - 528.628 (6,38%)

2 - Marcelo Freixo (PSOL) - 177.253 (2,14%)

3 - Samuel Malafaia (PR) 134.515 (1,62%)

4 - Paulo Melo (PMDB) - 121.684 (1,47%)

5 - Clarissa Garotinho (PR) - 118.863 (1,43%)

6 - Alexandre Correa (PRB) - 112.676 (1,36%)

7 - Pedro Augusto (PMDB) - 111.407 (1,34%)

8 - Rafael Picciani (PMDB) - 96.034 (1,16%)

9 - Domingos Brazão (PMDB) - 91.774 (1,11%)

10 - Cidinha Campos (PDT) - 89.553 (1,08%)

11 - Carlos Minc (PT) - 87.210 (1,05%)

12 - Edson Albertassi (PMDB) - 83.254 (1,00%)

13 - Edino Fonseca (PR) - 77.061 (0,93%)

14 - Dionisio Lins (PP) - 75.707 (0,91%)

15 - Christino Áureo (PMN) - 74.336 (0,90%)

16 - Pedro Fernandes (PMDB) - 69.571 (0,84%)

17 - Lucinha (PSDB) - 67.035 (0,81%)

18 - Andreia do Charlinho (PDT) - 62.599 (0,76%)

19 - Sabino (PSC) - 62.522 (0,75%)

20 - Graça (PMDB) - 61.294 (0,74%)

21 - Dica (PMDB) - 59.220 (0,71%)

22 - Flávio Bolsonaro (PP) - 58.322 (0,70%)

23 - Rafael do Gordo (PSB) - 55.831 (0,67%) (segundo o Luciano, merece )

24 - André Correa (PPS) - 55.484 (0,67%)

25 - Márcio Panisset (PDT) - 55.027 (0,66%)

26 - Marcos Abrahão (PTdoB) - 52.525 (0,63%)

27 - Marcos Soares (PDT) - 52.099 (0,63%)

28 - André Lazaroni (PMDB) - 49.839 (0,60%)

29 - Fábio Silva (PR) - 47.939 (0,58%)

30 - Comte (PPS) - 45.541 (0,55%)

31 - Marcelo Simão (PSB) - 45.046 (0,54%)

32 - Alessandro Calazans (PMN) - 44.549 (0,54%)

33 - Miguel Jeovani (PR) - 44.135 (0,53%)

34 - Gustavo Tutuca (PSB) - 44.015 (0,53%)

35 - Bernardo Rossi (PMDB) - 43.607 (0,53%)

36 - Rogério Cabral (PSB) - 43.215 (0,52%)

37 - Iranildo Campos (PR) - 42.398 (0,51%)

38 - Chiquinho da Mangueira (PMDB) - 39.740 (0,48%)

39 - Roberto Dinamite (PMDB) - 39.730 (0,48%)

40 - Márcio Pacheco (PSC) - 39.537 (0,48%)

41 - Paulo Ramos (PDT) - 39.023 (0,47%)

42 - Rodrigo Neves (PT) - 38.856 (0,47%)

43 - Coronel Jairo (PSC) - 38.791 (0,47%)

44 - Graça Pereira (DEM) - 38.746 (0,47%)

45 - Ricardo Abrão (PDT) - 37.742 (0,46%)

46 - Gilberto Palmares (PT) - 36.519 (0,44%)

47 - Marcus Vinícius (PTB) - 35.508 (0,43%)

48 - Altineu Cortes (PR) - 35.176 (0,42%)

49 - Gerson Bergher (PSDB) - 35.069 (0,42%)

50 - Waguinho (PRTB) - 34.820 (0,42%)

51 - Aspásia (PV) - 34.733 (0,42%)

52 - Luiz Paulo (PSDB) - 34.502 (0,42%)

53 - Claisse Maria Zito (PSDB) - 33.664 (0,41%)

54 - João Peixoto (PSDC) - 33.203 (0,40%)

55 - Felipe Peixoto (PDT) - 32.855 (0,40%)

56 - Samuquinha (PR) 32.563 (0,39%)

57 - Roberto Henriques (PR) - 32.369 (0,39%)

58 - Salomão (PT) - 31.249 (0,38%)

59 - Zaqueu (PT) - 30.583 (0,37%)

60 - José Luiz Nanci (PPS) - 28.798 (0,35%)

61 - Inês Pandeló (PT) - 28.798 (0,35%)

62 - Bebeto Tetra (PDT) - 28.328 (0,34%)

63 - Luiz Martins (PDT) - 26.002 (0,31%)

64 - Myrian Rios (PDT) - 22.169 (0,27%)

65 - Geraldo Moreira (PTN) - 21.987 (0,27%)

66 - Enfermeira Rejane (PCdoB) - 21.033 (0,25%)

67 - Thiago Pampolha (PRP) - 19.329 (0,23%)

68 - Xandrinho (PV) - 16.151 (0,19%)

69 - Rosângela Gomes (PRB) - 10.586 (0,13%)

70 - Janira Rocha (PSOL) - 6.442 (0,08%)

3 de out. de 2010

A Cracia do Demo

Bom, acabo de contribuir com minha humilde e pontual opinião para o melhor futuro deste país. Infelizmente, ainda não vivemos numa democracia de verdade (não tenho conhecimento suficiente se o que falarei aqui é uma característica intrínseca da democracia, num geral, ou no nosso país de modo particular), mas vivemos num caça níqueis. Não é a opinião da maioria que é levada em conta, sim a opinião de massas. Explico: o voto que interessa não é o individual, mas o das massas. E, só montando uma massa para vencer outra massa, a manipulada. E o reflexo disso são as campanhas de twitter. O voto da Dilma vem das massas de manipulação deste país desde a ditadura, a mesma que elegeu FHC, Collor. Mas surgiram duas massas (uma com intersecção forte com a anteriormente citada) que fizeram aumentar a força da Marina nesse fim: os evangélicos e a internet. Confesso que essa relação com os evangélicos me fez ter tendências a votar no Serra, além dela ter se enrolado na hora de opinar sobre o ensino do evolucionismo nas escolas e e na hora de falar sobre Saramago (quando este morreu, ela não sabia se defendia por ele ser um escritor famoso ou se judiava por ele debochar de deus, e foram uns 3 tweets, pelo menos, de contradições - foi quando deixei de seguir e comecei a querer votar no Serra. Mas acabei votando nela mesmo)

Bom, de certa maneira, a votação é divertida (na hora não tanto, mas analisando agora, é sim. Tenho coisas para contar! Mas também não será bom nos próximos 4 anos...). É cada besteira que se houve na fila. Minha seção tinha fila, mas ainda era a menor da zona, só que nos últimos anos, enfrentava filas de 3 ou 4 pessoas, dessa vez foi 15. Desde a conspiração de que a Dilma vai impedir o Lula de dar um golpe de estado dando a volta nele até velhinhas falando mal de nordestinos que votam no Lula (eu fiquei com medo dos paraíbas, que são bem numerosos por aqui, trollassem a velhinha - que não quis furar fila, ao contrário de certas madames que dispensaram a babá hoje para poder levar o filho de colo). A chuva atrapalhou, mas por outro lado foi bom que amenizou os papéizinhos.
não votar em Carlão Cidadão, Pedro Paulo e Brazão, eles entopem bueiros

Porém, eles grudavam no chão, o que piorava a situação. Bom, espero que as pessoas não votem no Carlão Cidadão e no Brazão (os promotores da papelzinhada), apesar da pesquisa apontar o Brazão como um dos mais votados: https://docs.google.com/document/edit?id=1AaOIQkMs0Vr6GHrv4J21Slx4ohCC6urAQFgTzPkUU6k&hl=en&pli=1# Aliás, queria fazer comentários em cima dessa pesquisa. Aponta o populista Wagner Montes como o estadual mais votado e emplaca populistas clássicos da baixada e de Santa Cruz, Babu (cuja grande contribuição para o Rio foi criar o feriado de São Jorge e fazer uns despachos from hell aí, porém ele não deve se eleger porque o partido dele não tem coeficiente eleitoral, o PTN, a menos que ele consiga muitos votos), o defensor do usuário de maconha: Minc, e uma Garotinho, um Picciani e um Bolsonaro. Para federal, os dois primeiros retratam bem o que esperar do Rio em Brasília: Garotinho e Romário. Pelo menos, o terceiro lugar é alguém aparentemente sério, o Chico Alencar. Mas descendo na lista, vem o defensor da ditadura, sr. Bolsonaro, outro Picciani e mais uma infinidade de pesadelos.

Agora, só resta torcer para que haja segundo turno (pouco provável pra governador, mas há esperança no presidente), para evitar entrega de poderes em excesso. E ficamos aqui com a contribuição poluída dos nossos grandes políticos.

*ao som de Lynyrd Skynyrd (1991)

Quem sou eu

Raphael Fernandes
Carioca, Brasileiro, Estudante de Robótica
Hiperativo, Imperativo
Gosto de tecnologia, de transporte, de Rock, de reclamar e de propagandas criativas (e outras coisas que posso ter falado em um post ou não)
Musicalmente falando, sou assim.

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