28 de out. de 2010

Caralho, o presidente da Argentina morreu

E dessa vez não soube pelo twitter (como a morte do Restart, do Faustão e, essa real, do Dio), mas pela televisão. Mas vim aqui para falar brevemente de liberdade. Bom, poderia fazer um link com o Néstor Kirchner, falando o que ouvi hoje na têvê sobre o autoritarismo típico do peronismo (fuckyea hein), mas não. Vou apenas sugerir abruptamente: a Dilma vai ganhar e estamos fudidos!

Bom, hoje tive a seguinte linha de raciocínio. Lembrei do que li na internet sobre a letra do Faroeste Caboclo (que você pode conferir aqui você pode querer tatuar também, aí sim hein), que havia sido censurada por linguajar chulo, ainda na época do Aborto Elétrico no finzinho da ditadura. Então pensei, hoje em dia, com funk tão popular, o que seria considerado linguagem chula? Se houvesse uma ditadura, realmente as pessoas parariam de ouvir funk? Então me perguntei se as pessoas poderiam ou não deixar de aceitar uma ditadura. Não creio que as pessoas de 64 tivessem ficado muito felizes, mas não sei exatamente as circunstâncias. Se a maioria queria liberdade, dificilmente iam ser impedidos, a ditadura não podia matar toda a população. Provavelmente hoje, o funk viraria um movimento pela liberdade, o que seria uma palhaçada (e como já é, o movimento "cultural" do funk que quer ser admitido como parte da nossa cultura, para driblar o "preconceito" das pessoas. Sempre rola aquela comparação com Noel Rosa e Cartola, vou deixar duas letras para fins de comparação (tirem suas próprias conclusões) (eu sei que ainda estou dentro de um parênteses, sabe como? eu giro o pião e ele não cai):

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.

Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés
(Cartola)

E, agora, o movimento cultural dos anos 90/2000, o fanque carioca:
Piririn, piririn, piririn
Alguém ligou pra mim
Piririn, piririn, piririn
Alguém ligou pra mim
Quem é?
Sou eu Bola de Fogo
E o calor ta de matar
Vai ser na praia da Barra
Que uma moda eu vou lançar
Vai me enterrar na areia?
Não, não vou atolar
Vai me enterrar na areia?
Não, não vou atolar
(de Fogo, Bola)

Por isso que eu digo, funk bom tá aqui ó: http://www.youtube.com/watch?v=0XifYy3Ihv0&feature=autofb

fecha parênteses). As pessoas lutariam contra a ditadura, não pra poder xingar muito no twitter, mas para mostrar a bunda no Castelo das Trevas? Não sei, o que quero dizer é que é muito pouco provável que se consiga tirar a liberdade, uma vez que nos é dada. Porém, eu tenho essa impressão vivendo, desde o nascimento (Pede pra sair), em uma "democracia" com liberdade de expressão, de ir e vir e essas coisas. Então, sou suspeito, pode ser que as coisas sejam mais sinistras.

Então, sigo com medo. Medo do que vem por aí, medo de perder minha liberdade, de perder a capa do Meia Hora, principalmente, medo de perder as informações (eu sei que já são manipuladas, mas seriam manipuladas de maneira favorável ao governo, o que não é nada bom. AS pessoas também reclamam muito da parcialidade dos jornais, acho que deviam ter senso crítico, em vez disso. Mas nossa cultura é de crer em tudo demais e questionar de menos, talvez herança dos militares?) dos jornais, televisão, internet... A internet, por sinal, é algo que me faz crer que seja impossível recompor o controle total. Na China o Google foi controlado (não sei se ainda é, uma vez li que o Google queria largar a China por este motivo), mas aqui já estamos avançados. Milhões de blogs, twitters, faceboqueteiros espalhados por este país dispostos a xingar muito. A Criticar. A fazer correntes e encher o polimail.

O fatoé: não voto na Dilma nem fudendo. Pra que se arriscar. E não sou um idiota sozinho. Veja o que um fundador do PT disse após ler esse post (é mentira que ele leu o post, óbvio, mas minha opinião se reflete em algumas coisas que ele disse):






Pseudo-twittadas do dia:
Bem, após uma criança olhar pra mim e falar para a pessoa que estava com ele: Olha, não parece o Fiuk? fiquei com uma facepalm e uma vontade louca de twittar isso, mas não, eu tenho um blog, pra que twitter. Twitter is dead!

Nestor Krichner morreu. Notícia que dá o nome ao tópico. Soube pela TV, sabe por que? Por que, em algum momento, o programa de pós-graduação em Física marcou a reunião para hoje, dia do Funcionário Público,para evitar que os professores tivessem que perder aula, porém o feriado foi transferido para o dia primeiro de Novembro, já que todo funcionário público é santo, fazendo o dia de Todos os Santos (ali, perto da Novo Rio) e dos Funcionários Públicos. Então, não teve aula de Física de Semicondutores e pude dormir pra caralho (na verdade acordei 7 e meia e fiquei muito frustrado quando vi a hora, com a sensação de que podia dormir mais. Me esforcei para chegar atrasado na aula de 10 horas, mas só consegui 10 minutos de atraso). Acordei e vi a notícia no Bom Dia Brasil, acompanhado do barulho constante e oscilatório de um helicóptero o qual gravava imagens, conforme descobri no RJTV de agora de noite, da mansão da mulher do Elias Maluco, aqui no bairro onde eu moro, no qual 1/3 das pessoas moram em favelas, 1/3 são pagodeiros, mulher de bandido e pessoas ricas que por algum motivo não moram na Barra nem na Taquara e 1/3 de figurantes (na verdade, classe média, pessoas que não fazem a menor diferença pro governo e pro noticiário).

Talvez a inspiração para este post, a força de vontade em estudar durante as aulas e tirar dúvidas e meu estranho bom humor e desvio de pensamentos maloqueiros sejam fruto da excelente combinação Beneath the Remains+Pílulas+DOrmir bastante. Amanhã tem Luiz Wagner (vendo o lado positivo de amanhã).

Faltam 10!

*ao som de Sepultura (Sarcastic Existence, Slaves of Pain e Lobotomy) - gostei em especial da Sarcastic Existence, esse Beneath the Remains faz milagre acontecê!

Um comentário:

Luciano disse...

Nossa! Quantas idéias! Quantas referências subjetivas!
Pseudo-twittadas parece coisa daqueles fumantes que tão tentando parar e fumam cenouras :P

Quem sou eu

Raphael Fernandes
Carioca, Brasileiro, Estudante de Robótica
Hiperativo, Imperativo
Gosto de tecnologia, de transporte, de Rock, de reclamar e de propagandas criativas (e outras coisas que posso ter falado em um post ou não)
Musicalmente falando, sou assim.

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